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Francisco Beltrão
sábado, 24 de maio de 2025

Edição 8.211

24/05/2025

PARANAENSE DE FUTSAL

Parceria inseparável: Dudu e Lucas Reginatto querem levar ABF ao topo


Dudu e Lucas Reginatto estavam entre os cinco atletas do primeiro time da ABF, em 2016. Foto: Emerson Zuanazzi.

Carlos Eduardo França, o “Dudu”, e Lucas Reginatto são revelações da ABF e do futsal beltronense. Os dois atletas de 20 anos são esperança da torcida na briga pelo acesso à Série Ouro de 2025. Do que depender da parceria desses dois, o objetivo será alcançado. 

Além de jogarem no clube desde a fundação, em 2015, os jovens se conhecem desde os três anos. Com sete, jogaram a primeira competição. 

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“A ABF iniciou com cinco atletas, entre eles o Dudu e o Lucas. Mais de 400 jogos juntos, estiveram conosco nos quatro títulos do paranaense de base e na Taça Brasil. Passei mais tempo com eles do que com minha família. Se um dia for falar de ABF, é preciso falar desses meninos”, diz o técnico Dionatan Marcelo. 

Se tratando do esporte profissional, é raro o atleta que consegue atuar pela própria cidade. Mais impressionante ainda é manter a parceria com alguém, como Dudu e Lucas. 

“Ele é um irmão de outra mãe. A gente faz muitas coisas juntos, é uma relação que vai durar pra vida inteira. Nós compartilhamos o mesmo sonho de jogar futsal. Se for pros nossos caminhos se separarem, desejo que ele seja feliz, mas gostaria de jogar com o Dudu até me aposentar. A mãe dele ficou um tempo fora e ele vivia lá em casa”, conta Lucas, dono da camisa dez da ABF.

Dudu veste a sete. “Somos amigos desde a creche. Além do futsal, conversamos sobre tudo, sobre as propostas e até de questões familiares. É muito difícil manter essa parceria no futuro, mas acredito que quando acabar o carinho vai continuar existindo”, analisa. 

Memórias no Beatriz Biavatti

A dupla Dudu e Lucas Reginatto em encontro com a ex-diretora do Colégio Beatriz Biavatti. Foto: Emerson Zuanazzi.


Durante entrevista para o “Diário da Informação”, os jogadores foram visitar o Colégio Beatriz Biavatti, instituição em que passaram boa parte da vida estudantil e onde, também, eram colegas. Foi a primeira vez que Lucas retornou à escola após concluir os estudos. “Senti uma nostalgia enorme. É emocionante lembrar daqui, porque já passei por muitas coisas na vida depois que saí, há três anos.”

A dupla reencontrou a professora Içara Soares, que trabalhou com eles por sete anos. “Eles foram meus alunos no sexto e sétimo anos e, depois, fui diretora por cinco anos. Eu percebia desde aquela época que seriam grandes jogadores. Porque a vida deles era bola, bola, bola. O Lucas sempre foi inteligente e bom de nota. O Carlos (Dudu) tinha uma dificuldade por conta da preguiça. O negócio era jogar bola. Mas sempre foram bons meninos. Enquanto professora e diretora, eu percebia que seriam vencedores no sonho deles. Eu dizia: ‘não fez a prova hoje, faz amanhã. Mas quando forem lá no arquivo confidencial do Faustão lembrem de me mandar um abraço’.” 

Além de atuarem profissionalmente no futsal, eles fazem a mesma faculdade: educação física.

Personalidades

Lucas Reginatto, dono da camisa dez da ABF, que disputa a Série Prata do Campeonato Paranaense de Futsal. Foto: Assessoria:ABF.


No vestiário do Ginásio Sarará, os armários dos garotos da ABF dão uma pista da diferença de personalidade. Enquanto na foto Dudu surge sorrindo, Lucas aparece com o rosto sério. Quem os vê em ação na quadra, também nota o comportamento reservado de Reginatto, enquanto o colega é mais “expansivo”. “Dizem que nossas feições são parecidas, mas penso que é só no futsal, mesmo”, diz Dudu. Lucas revela que gosta de jogar vídeo-game com o amigo, mas que de fato possuem temperamento diferente. “Ele gosta mais de se isolar e, eu, de conversar.”

Promessas de Beltrão

Carlos Eduardo França, o “Dudu”, dono da camisa sere. Foto: Assessoria/ABF.

Para o técnico, os dois comandados têm potencial para chegar à Seleção Brasileira. “É difícil ter jogadores como eles. O Lucas é um canhoto, passador inteligente, finaliza bem. Teve opção de jogar futebol pelo Athletico Paranaense e preferiu ficar no futsal. Pra mim foi bom. O Dudu é polivalente, briga até demais e joga em qualquer posição, ambidestro, finaliza bem, forte na marcação”, descreve. 

Ainda antes da antes da ABF existir, Dionatan Marcelo trabalhava com a dupla e relata evolução do comportamento em quadra. “Dudu era muito expulso e caia fácil na pressão do adversário, mas trabalhamos e essa parte mental melhorou. Lucas tinha pavio curto, não aceitava provocação, cara fechada, mas são pessoas excelentes e estão conosco.”

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