JdeB – O primeiro sacerdote a atuar em Francisco Beltrão – Frei Deodato – deixou uma marca importante na comunidade de Jacutinga, no interior do município. A gruta em homenagem a Nossa Senhora de Lurdes, construída há 74 anos, foi feita por sugestão e com ajuda do frei. E ele teve uma relação importante com a comunidade, pois, de alemão, se identificava com os moradores, também descendentes de alemães e austríacos.
Essa é uma das curiosidades do documentário “Colônia da Fé”, que retrata a história, cotidiano e religiosidade da comunidade alemã de Francisco Beltrão. Produzido pelos jornalistas Leandro Czerniaski e Jônatas Araújo com apoio da Lei Paulo Gustavo, o material traz entrevistas com três pioneiros da localidade: Cecília Jecthl, Tecla Schmitz e Celso Hellmann.
Assista:
O documentário foi produzido ao longo deste ano, com imagens da comunidade, da gruta e da festa em homenagem a Nossa Senhora de Lourdes. A proposta foi pensada como uma forma de fortalecer a identidade local. “Muitas localidades de Beltrão possuem uma grande riqueza em termos culturais, de tradições e de religiosidade e o documentário foi pensado como uma forma de evidenciar um pouco dessas características para que as novas gerações conheçam melhor sua própria história”, afirma o diretor Jônatas Araujo.
Além da produção do material, que está sendo disponibilizado para as entidades de Jacutinga e ao memorial de Francisco Beltrão para exibições, o projeto promoveu uma roda de conversas com pioneiros da comunidade e alunos da Escola Parigot de Souza. A colonização em Jacutinga iniciou em fins da década de 1940, com migrantes que chegaram em busca de terras produtivas, vindos de Santa Catarina. Ainda hoje permanecem alguns costumes alemães, na arquitetura, gastronomia e dança.
