
Por Juliam Nazaré – Jornalista beltronense, Jonatas Araújo é tão “doente” pelo Atlético Mineiro que cogita não assistir à final da Libertadores, pra evitar passar mal. Natural de BH, ele vive no Paraná desde os 2 anos de vida, e desde sempre torceu pelo Galo. O amor pelo Alvinegro veio de berço: os pais, avós e tios eram atleticanos. “Um tio-avô morreu assistindo, porque o Galo perdeu”, conta.
Essa emoção exacerbada é o que Jonatas sempre teme em jogos decisivos. Em 2013, nas quartas de final da Libertadores, quando o Tijuana (MEX) teve um pênalti aos 47 minutos do segundo tempo, três torcedores morreram no Estádio Independência. “Se eu estivesse lá, seria o quarto”, diz.
Por volta das 17h de hoje, quando a partida começar, em Buenos Aires, ele pretende estar ocupado com algo que não o faça lembrar do Galo. Difícil pretensão. “Passei mal na ‘final’ que teve contra o Bahia, em 2021, com o Flamengo chegando no cangote e nós começamos a vacilar… O Bahia abriu 2×0 e graças a Deus viramos.” Caso não resista à tentação, vai sintonizar a Rádio Itatiaia, de BH.
Jonatas entende que o Botafogo vive um momento melhor. O triunfo diante do Palmeiras, no meio de semana, pelo Brasileirão, virou o astral dos cariocas. “Torci muito pro Palmeiras. Quero que o Botafogo seja campeão brasileiro, mas infelizmente nossos caminhos se cruzaram. Então, torci pelo Palmeiras pra tirar o moral do nosso adversário. Só que ocorreu o contrário: o Botafogo foi lá e amassou. E chega muito forte pra essa decisão.”
Apesar disso, o jornalista acredita nos trunfos do Atlético. Entre eles, o atacante Deyverson, a dupla Hulk e Paulinho, além de Guilherme Arana. “O Deyverson pode desiquilibrar o psicológico do Botafogo. Ele tem esse papel. Sabe irritar o adversário. Hulk é sempre perigoso, mas o Paulinho me preocupa, porque perde muito gol.”
Entre as teses para acreditar num favoritismo do Galo, Jonatas cita a classificação diante do River Plate (ARG), dono da melhor campanha da Libertadores até então. Ele aponta o adversário de hoje, também, como oscilante.
“Mas é rápido. No jogo pelo Brasileirão nós conseguimos neutralizar o jogo deles. São muito perigosos. Se conseguirmos fazer um jogo de contenção, talvez numa bola, ou indo pros pênaltis, a gente consiga o título.”