Da assessoria e JdeB – A pesquisa mensal realizada pelo Grupo de Pesquisa em Economia, Agricultura e Desenvolvimento (GPEAD) da Unioeste, campus Francisco Beltrão, revelou variações no preço da cesta básica no mês de novembro. Em Francisco Beltrão, houve um aumento de 0,58%, enquanto em Pato Branco o reajuste foi maior, de 2,45%. Já em Dois Vizinhos, o custo médio registrou queda de 0,35%.
Entre os três municípios, a cesta mais cara foi encontrada em Pato Branco, custando R$ 643,60, seguida por Dois Vizinhos (R$ 635,02) e Francisco Beltrão, que apresentou o menor valor, R$ 633,38.
Acumulado de 12 meses
No acumulado entre novembro de 2023 e novembro de 2024, o custo médio da cesta básica aumentou em Dois Vizinhos (9,18%), Francisco Beltrão (9,50%) e Pato Branco (10,72%). Entre os produtos com maior alta, destacam-se a batata, que subiu 91,79% em Francisco Beltrão e 47,20% em Pato Branco, e o café, que registrou aumento de 52,04% em Pato Branco e 39,81% em Francisco Beltrão.
Por outro lado, o tomate apresentou queda expressiva de 45,67% em Francisco Beltrão, enquanto a margarina teve redução de 11,60% em Pato Branco. O preço médio da carne de primeira (colchão mole e alcatra sem osso) subiu em todos os municípios, com aumentos de 11,65% em Dois Vizinhos, 18,68% em Francisco Beltrão e 8% em Pato Branco.
Consumidores relatam impacto nos preços
O profissional liberal Mário Sérgio Ramos afirmou que considera os preços da cesta básica em Francisco Beltrão justos, mas notou aumentos nos preços da carne. “Com o fim do ano, a procura cresce e os preços sobem, é algo que vejo com naturalidade”, disse.
Já a professora Ilda Schmitz destacou que busca aproveitar promoções, mas admite que nem sempre elas são vantajosas. “Às vezes, compramos mais do que precisamos só por conta do desconto. Mas, sem dúvida, as carnes tiveram um aumento significativo nos últimos meses”, comentou.
Segundo o professor José Maria Ramos, coordenador da pesquisa, entre os principais fatores para o aumento do preço da carne, está a menor disponibilidade de animais para abate. “O Brasil é um grande exportador e com a desvalorização do Real as exportações tendem a aumentar. Além disso, houve um aumento de demanda no mercado interno com a melhora da renda e redução do desemprego.”
