“Certamente iremos encontrar uma sigla que honre a fidelidade partidária, que seu diretório seja soberano.”
Reunidos na manhã de ontem, o empresário Idalino Menegotto e o advogado João Marchiori decidiram enviar uma nota à imprensa comunicando sua decisão de deixar o PSDB, partido ao qual estão filiados, em Francisco Beltrão, desde sua fundação, em 1989.
Eles ainda não decidiram em qual outro partido vão se filiar.
Segue a nota.
Nota aos velhos tucanos
Olá tucanos da velha guarda.
Acredito que todos já são sabedores. Aqueles que acabaram com a fidelidade partidária, agora estão acabando com a sigla do PSDB, utilizando da velha forma do sistema para se manter no poder.
Sempre falei que nasci no PSDB e que somente sairia quando morresse, mas não imaginaria que a sigla morreria antes. Diante disso, estarei pedindo a desfiliação do partido, antes que o mesmo venha a fundir-se com outra sigla, a qual eu não possa avaliar previamente suas intenções.
Ficarei firme na política, porém independentemente de estar ou não em uma sigla partidária no momento.
Pois nós, companheiros, certamente iremos encontrar uma sigla que honre a fidelidade partidária, que seu diretório seja soberano.
Enfim, um partido que tenha a capacidade de apreciar as pessoas de boa índole, norteados pelo liberalismo, pelo estado menos intervencionista, pela iniciativa privada, pelo conservadorismo, e valores da família, entre outros princípios.
Forte abraço a todos.
Partido comandou Beltrão por 12 anos
O PSDB de Francisco Beltrão teve um crescimento contínuo desde a eleição de 1992, quando elegeu Wilmar Reichembach para vereador. Na eleição seguinte, Alberto Piccinini se juntou a Reichembach e em 2000, três cadeiras: Oscar Paulino de Morais, Paulino Pietrobom e Adair Machado — e Reichembach como vice-prefeito de Vilmar Cordasso.
Reichembach venceu para prefeito em 2008. Depois, em 2016 e 2020, vitórias de Cleber Fontana, totalizando 12 anos de gestão dos tucanos.
Atualmente, a legenda conta com quatro cadeiras no legislativo, é a maior bancada: Júnior Nesi, Oberdan Saretta, Silmar Gallina e Maria de Fátima Niclotti.
No plano nacional, o partido estuda uma fusão (ou formar uma federação) com PSD, MDB ou Podemos, conforme disse ontem em entrevista ao JdeB o ex-governador Beto Richa — único deputado federal do partido no Paraná.
