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domingo, 25 de maio de 2025

Edição 8.211

24/05/2025

FUTSAL

Técnico do Marreco em 2008, Rafael Octaviano reencontra companheiros do título da Série Prata

Novo diretor executivo Verde-preto relembrou o cenário do clube há 16 anos ao lado de Arno Ribeiro, Ademir Augusto e Kadhu Guerreiro.


Arno Ribeiro, Rafael Octaviano, Kadhu Guerreiro e Ademir Augusto com uma das primeiras camisas do Marreco Futsal.
Foto: Emerson Zuanazzi.

Juliam Nazaré – Na sala do Marreco dentro do Ginásio Arrudão estão fotografias das formações de todas as temporadas. É uma forma de manter na memória quem passou pelo clube e já está longe. Entre centenas de personagens que já vestiram verde-preto, alguns marcaram época. O técnico campeão da Série Prata de 2008, Rafael Octaviano, por exemplo. A diferença é que desde janeiro o torcedor voltou a conviver com ele, que assumiu um novo cargo, o de diretor executivo.

As passagens como treinador (2008-09)

Rafael Octaviano de Souza foi o segundo técnico da história do Marreco. Chegou em 2008, após a saída de Arno Ribeiro. O clube disputava a Série Prata do Campeonato Paranaense de Futsal e necessitava de um treinador em tempo integral, o que não era possível para Arno, funcionário do Detran. Rafael Octaviano, à época concursado da Prefeitura de Paranavaí, foi o escolhido.

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Deu certo. No time com peças como Camarão, Osnei, Kliver, Pretinho, Marcelo Jucá e Luciano Bonfim, Rafael comandou a campanha do título da Série Prata. Mas não quis permanecer para a temporada seguinte.

Como o Beltrão Futsal disputava a Série Ouro, o Marreco optou por permanecer na divisão de acesso. Moacir Baesso, o “Moa”, e depois Glauber Pietro, assumiram o Verde-preto, sem o mesmo sucesso de Rafael, que foi acionado quando o estadual já estava nas quartas de final.

O Marreco havia perdido o primeiro jogo por 4×0 para o Clevelândia. O resultado serviu para a demissão de Glauber Pietro. “Tocou o celular: ‘piazão, os atletas querem que você volte, a imprensa também’. Comuniquei à minha esposa, entrei num ônibus e deixamos pra acertar o salário depois. Ganhamos do Clevelândia e me perguntavam: ‘quanto você quer?’. E eu dizia: ‘depois a gente conversa’. O campeonato acabou e aí fomos acertar. Falei, ‘cara, veja o que podem pagar, não vim por causa de dinheiro’.” Após entregar o Verde-perto, mais uma vez, à Série Ouro, desta vez com vice da Prata, Rafael foi embora.

Retorno

Ele focou na área acadêmica e foi secretário de Esportes de Paranavaí por oito anos. Era o cargo que ocupava até o fim de 2024. Com a mudança de governo, Rafael distribuiu currículos para clubes de futsal, um deles o Marreco. “Assim que enviei o Lavarda disse: falamos de você agora a pouco”, conta. A primeira conversa para tratar do retorno ocorreu em Umuarama, pouco antes da partida da semifinal da Série Ouro do ano passado.

Lavarda e Rafael se conhecem dos tempos que eram atletas. Em 1990, quando o Grêmio Pato-branquense venceu a Taça Paraná com Lavarda no elenco, Octaviano terminou em quarto lugar por Paranavaí.

Reencontro com companheiros de 2008 e 2009

Se hoje o Ginásio Arrudão é um dos locais de trabalho de Rafael enquanto diretor executivo do Marreco, quando técnico jamais dirigiu a equipe por ali. Entre 2008 e 2009, a casa do Verde-preto era o Sarará— teve ainda, no segundo ano, a parceria com Renascença.

Apesar de ter visitado Francisco Beltrão em algumas ocasiões, ele jamais havia voltado ao ginásio da Cidade Norte. A visita para relembrar o palco da conquista da Série Prata aconteceu durante a reportagem do “Diário da Informação”. Pessoas que conviveram com Rafael naquele período foram acompanhar o dirigente.

“Tivemos muitas alegrias no Sarará. Construi uma história aqui. Lembro da emoção do jogo do acesso e depois no título. O Arno é tão campeão quanto eu, porque quem construiu aquela equipe foi ele e eu vim para dar uma sequência”, diz Rafael.

Em 2008, Ademir Augusto estava na Rádio Educadora. Mas além de atuar na reportagem dos jogos, o comunicador já dava contribuição ao Verde-preto. Ele estava na reunião onde se decidiu criar o clube. Foi, também, o mestre de cerimônia da apresentação do primeiro elenco.

“As dificuldades eram outras. As emissoras de rádio, que bom, não viajam mais. Na época, não havia como transmitir um jogo sem acompanhar o time.”

O comunicador Khadu Guerreiro, hoje diretor de Web Rádio Cidade Norte, há 16 anos também estava na Rádio Educadora. “Eu almoçava muitas vezes com o Rafael. Por longos meses conversamos e debatemos. O amor que eu tenho pelo Marreco surgiu vendo Camarão, Klíver e das conversas desses almoços. Boas-vindas e boa sorte ao Rafael.”

A sensação ao retornar é de acelerar um controle remoto, diz Rafael. “Quando eu estive pela primeira vez o Marreco estava começando, era tudo embrionário. Agora é um clube de quase 17 anos, com quase 400 jogos na Liga Nacional, 900 jogos oficiais, o time tradicional da cidade. Parece que fiquei 16 anos dormindo e acordo agora.”

“Obsessão pela Série Ouro”

O agora diretor executivo avalia que, para o presente, não é surreal projetar o sonhado título da Série Ouro. “Espero que possa contribuir com aquilo que o Marreco precisa. Conquistar a Série Ouro pela primeira vez é uma obsessão pra mim.”

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