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Francisco Beltrão
segunda-feira, 16 de junho de 2025

Edição 8.226

14/06/2025

AEROPORTO DE PATO BRANCO

Pista elevada e terminal menor podem acelerar as obras


Temos R$ 39 milhões, que o ex-prefeito conseguiu do Governo do Estado, então, nós estamos aguardando para que o município consiga essa contrapartida


Aeroporto de Pato Branco precisa de obras estruturais importantes para receber aviões maiores que os turbohélices ATR da Azul. Foto: Arquivo.

Por Beto Rossatti – Confira a entrevista concedida ao JPB pelo secretário municpal de Obras e Engenharia, Osmar Braun, sobre o Aeroporto Juvenal Cardoso.  Braun compartilha seu pensamento em relação ao aeroporto, para avançar nas obras de ampliação. Vem aí novidades para o aeroporto com mudanças estruturais no projeto que preveem redução do terminal de passageiros e ampliação da pista em concreto protendido. Confirma a íntegra da entrevista.

Beto Rossatti  – Para onde estamos caminhando neste momento, já no mês de março de 2025. É uma luta diária, transformar o nosso aeroporto, chegar aonde queremos?

Osmar Braun – É, nós precisamos mudar a classe, a classificação do nosso aeroporto.  Nós queremos jatos voando em Pato Branco, na região, então, nós precisamos preparar o nosso aeroporto para isso, que é a construção do novo terminal, ampliação da pista, táxi, pátio de manobras. É um investimento gigantesco que precisamos fazer para criar o ambiente favorável para vir outras operadoras para Pato Branco. Nós precisamos que isso aconteça para melhorar a concorrência, as passagens ficarem mais acessíveis. O desafio grande é o início das obras do aeroporto, da estrutura toda que precisa para receber outras operadoras e mudar o futuro do nosso aeroporto. Temos R$ 39 milhões, que o ex-prefeito conseguiu do Governo do Estado, então, nós estamos aguardando para que o município consiga essa contrapartida e que a gente possa dar andamento à licitação que está segurada por conta disso.

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Osmar Braun: “O nosso aeroporto é elogiado no Brasil inteiro, sabe disso quem milita nesse ramo. Foto: Arquivo.

O senhor fala sobre a possibilidade de algumas mudanças no projeto, quais seriam?

Osmar Braun: Sim, estudamos de fazer um terminal menor que atenda para 15 anos nosso aeroporto, estamos avaliando nesse meio tempo, enquanto não temos como começar a obra. Cogitamos a possibilidade até de diminuir ou fazer parcialmente esse terminal de 6.400 metros quadrados, ou reduzir seu tamanho dentro da realidade do nosso município.

Seria possível diminuir o tamanho do terminal?

Osmar Braun: Estudamos essa possibilidade, cito o exemplo de Chapecó. Nosso aeroporto teve em 2024, 36 mil movimentos, cada descida de aeronave e decolagem de outra são dois movimentos. Chapecó teve perto de 700 mil movimentos em 2024, então, eles têm uma movimentação gigantescamente maior do que a nossa, e nós vamos ter um terminal três vezes o que eles têm de tamanho. Então, há uma incompatibilidade, alguma inconsistência nessa conta que nós estamos fazendo.

Mas então porque não se reduz o tamanho do terminal?

Osmar Braun: Porque esbarra na legislação, o problema é que não dá para mexer no projeto, quando eu identifiquei isso, passei para o prefeito Géri Dutra, que esteve em Curitiba, tentou que a gente pudesse fazer no mesmo convênio. Investir uma parte apenas no terminal e outras partes em ampliação da pista e outras obras que têm que ser feitas. Mas não conseguimos, entretanto, não desistimos, enquanto não temos a contrapartida, vamos tentando aí uma segunda via que deixaríamos nós mais próximos da mudança de classificação do aeroporto. Com uma pista ampliada e com os outros investimentos em pavimentação que devem ser feitos também.

O senhor mudaria ainda algo mais no projeto?

Osmar Braun: Sim, vem surgindo outras ideias para poder agilizar esse processo, como por exemplo, a questão do aterro das cabeceiras. Nós já temos lá uma ou duas montanhas de terra no entorno do aeroporto nos aterros. Existe a possibilidade de fazer uma laje para o alargamento da pista.

Num cálculo rápido, acredito que fique mais caro fazer uma pista elevada de concreto protendido, mas é muito mais rápido e ambientalmente mais correta do que a gente desmanchar uma montanha num lugar onde nós vamos encontrar aí e refazer essa montanha para ampliar a pista. 

Então, estamos avaliando isso também, estamos avaliando todas as possibilidades de fazer a melhor obra possível, a mais eficiente, às vezes até a mais barata, mas enfim, que nos capacite a receber aqui aviões a jato e que coloque Pato Branco dentro da malha aeroviária nacional.

As mudanças no aeroporto trariam outras companhias para operar em Pato Branco?

Osmar Braun: Sim Pato Branco tem apenas uma operadora que opera com essa aeronave, a ATR600 e que está sozinha no mercado aqui, então isso vai facilitar inclusive a economia, a que a gente possa usar aqui e não ouvir de pessoas, ‘mas eu vou lá em Chapeco, é mais barato’. 

Eu sei que é mais barato, porque lá tem três operadoras funcionando e aqui só temos uma, então com o tempo isso vai ser resolvido também.

Estamos com este projeto aí com tempo e espaço mais ou menos delineado?

Osmar Braun: Pois é, é quase impossível prever, porque a decisão que for tomada muda todo o processo, todo o projeto. Mas eu ainda não fujo de que é mais importante a gente encontrar a melhor solução e perder um pouco de tempo agora e fazer uma coisa que resolva definitivamente o nosso projeto do que fazer uma obra gigantesca lá, e que deixe o resto das coisas que são necessárias, porque as exigências da legislação aeroportuária não nos permitem apenas ter um terminal bonito, maravilhoso e ponto turístico se nós não tivermos ampliação da pista, o conjunto da ópera é que é importante.

Bom, vamos lá, do nosso campo de aviação Professor Juvenal Cardoso, com descida de teco-teco, a gente já está bonito na fotografia, secretário?

Osmar Braun: Estamos muito bem. Pato Branco mudou depois que teve linha aérea regular, não tem dúvida nenhuma. O nosso aeroporto é elogiado no Brasil inteiro, sabe disso quem milita nesse ramo, que não é o meu caso, mas pessoas vêm falar conosco.

Olha, todo piloto que desce aí elogia o atendimento, as condições físicas do nosso aeroporto, então a gente realmente, até agora, a gente fez um trabalho bonito, um trabalho que é digno de nota.

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