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Francisco Beltrão
segunda-feira, 09 de junho de 2025

Edição 8.221

07/06/2025

BNI

Beltrão ganhará indústria de produtos para saúde e alimentação

Marcelo Cantele e Antonio Pedron, sócios da empresa, Lucas de Oliveira e a vice Lurdinha. Foto: Flávio Pedron/JdeB.

A empresa BNI (Bons Negócios Ingredientes SA), com apoio da Prefeitura de Francisco Beltrão, fará um investimento para transformar subprodutos de tilápia – pele e escama -, em peptídeos de colágeno de peixe, para exportação como ingrediente para grandes formuladores internacionais nos segmentos da alimentação e da saúde.

O anúncio da implantação da nova indústria aconteceu nesta quarta-feira, 16, na Prefeitura de Francisco Beltrão. Foi um evento bem prestigiado pelas lideranças políticas, empresariais e comunitárias e contou com os sócios do empreendimento que são de Francisco Beltrão e Erechim (RS).

Conforme foi anunciado pelos sócios, a indústria está sendo instalada às margens da PR 483 – Linha Gaúcha -, terá cerca de quatro mil m² de área construída em um terreno de 57 mil m² e capacidade produtiva será de 900 toneladas/ano de peptídeos de colágeno hidrolisado de peixe.

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Os investimentos totais ultrapassam os R$ 60 milhões e na primeira etapa serão gerados 72 empregos diretos.

Primeiras conversas

As conversas iniciais para atrair o investimento começaram em 2019, quando o então vice-prefeito Antonio Pedron visitou o grupo Bons Negócios. Os contatos continuaram acontecendo e foram intensificados.

Marcelo Cantele, diretor do grupo, explicou à imprensa os motivos para instalar a fábrica no município de Beltrão. “O ramal logístico aqui da região é muito interessante. O Paraná em si, é o principal produtor de tilápia do Brasil Ele concentra acima de 50% de toda a produção de tilápia. E Francisco Beltrão, até pelo fato de uma das empresas sócias, é daqui. Nós fomos muito bem acolhidos pela prefeitura desde o início do processo, bem recebidos pela cidade, então uma agilidade muito grande Tirando todos os entraves burocráticos, nós conseguimos que o projeto evoluísse bastante. Então a logística, a desburocratização, a agilidade, foram fatores bem decisivos pra implantarmos aqui na região’.

A construção deve ficar pronta num prazo de 12 meses. Marcelo explicou que como a terraplenagem já está pronta, “a empresa que foi contratada pra fazer a parte da construção civil da estrutura deve estar mobilizando. Agora no final do mês de abril, início de maio, nós contamos com 12 meses até a completude da obra e o início da produção”. 

Paraná, grande produtor

Marcelo citou que o sócio Everton Zanella, que mora em Francisco Beltrão, que está no segmento de reaproveitamento de resíduos, vinha ´provocando´o grupo para o investimento dizendo: “´Olha, nós temos muito resíduos, o Paraná está crescendo, precisamos agregar valor a isso. Eu quero sair desse meu ciclo de processamento de resído básico e quero pegar e agregar valor aos resíduos na nossa região. E a base da piscicultura do Brasil, da tilápia, é o Paraná. Então, a nós encontramos nisso um terreno bem fértil pra, efetivamente, conseguir acesso às matérias-primas. E aí, sim, começou toda a parte de ciência que foi transformar essas matérias-primas num produto que vai conseguir se agregar ao máximo de valor”.

O prefeito Antonio Pedron destacou o potencial do município para receber este investimento privado. “Nós mostramos a capacidade que Beltrão tem de receber empresas. É uma empresa de alta tecnologia que vai desenvolver colágeno a partir da pele da tilápia, que é algo novo, desenvolvido por eles com as universidades de Erechim, e é a primeira da América que vai industrializar dessa forma. Não é uma grande estrutura de construção civil, mas de tecnologia. Então vai se vestir fora o terreno, já comprou o terreno e vai investir em torno de 60 milhões, vai gerar em torno de 70 empregos diretos, mas, acima de tudo, vai aproveitar a mão de obra aqui, a matéria-prima que é do Sudoeste. Então, vejo que é uma conquista importante, e uma atrás da outra. Então é uma empresa e vem outra, e vai incentivar a pesquisa em laboratórios nas universidades”.

Será a primeira indústria de peptídeos de colágenos de peixes das Américas. Os produtos fabricados pela BNI serão utilizados por outras indústrias das áreas de saúde e alimentação do Brasil e do exterior.

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