As unidades de saúde de Pato Branco enfrentam uma situação alarmante, com uma superlotação causada por um aumento exponencial de casos de doenças respiratórias agudas, especialmente entre crianças. O cenário, visível na Unidade de Atendimento Central, onde pacientes aguardavam atendimento, é um reflexo direto da baixa adesão à vacinação na cidade.
O dr. Paulo Roberto Áviles, da Unidade de Atendimento Central, detalhou a gravidade da situação. “Aumentou mais de 100% a demanda de crianças, principalmente na UPA, de janeiro até abril. E agora, no mês de maio, nós estamos com aumento de mais de 100% também”, revelou o médico, apresentando números que evidenciam o crescimento assustador da procura por atendimento. Em janeiro, foram atendidas 2.100 crianças, número que saltou para 4.500 em abril. Em maio, até o dia 18, mais de 3.100 crianças já buscaram auxílio médico. “Os números crescem de forma assustadora, estão crescendo exponencialmente”, alertou o dr. Áviles.
A principal causa apontada para essa explosão de casos é a alarmante baixa taxa de vacinação na população prioritária. “Isso é reflexo da não vacinação. Nós temos uma baixa adesão, na verdade, até hoje de 39,8% de vacinação para os grupos prioritários de crianças de 6 meses a 6 anos, de idosos maiores que 60 anos e de pessoas vulneráveis”, lamentou o médico, ressaltando a distância do ideal de 95% de cobertura vacinal. “39% é uma taxa muito inferior ao desejável.”
O impacto dessa baixa adesão se reflete na saúde da população, com casos que evoluem para quadros graves. “Tivemos alguns óbitos no Paraná, dependentes de infecções respiratórias. Sabemos que é só por conta de não vacinar, realmente, é um número que a gente não consegue aceitar”, desabafou o dr. Áviles. A situação é crítica nos hospitais do município, que operam acima de sua capacidade. “Os hospitais estão lotados. Nós temos dois hospitais que atendem aqui no município, os dois hospitais estão lotados. E a maioria, a maior procura, nós temos aqui por síndrome respiratória aguda complicada. Isso traz realmente risco de vida, principalmente para idosos, crianças ou pessoas com comorbidades.”
O médico enfatizou a vulnerabilidade de idosos e crianças, lamentando os óbitos registrados no município decorrentes de patologias preveníveis pela vacinação. A solução para conter essa onda de doenças respiratórias é clara: a vacinação. “A vacina é importante, gratuita e fornecida pelo município fornece, o Estado fornece. E nós temos a necessidade de chegar aí a 90, 95% para evitar essa superlotação e esses óbitos no Paraná”, apelou o Dr. Áviles. A adesão de apenas 39% em Pato Branco deixa a população vulnerável, elevando o número de internações, comorbidades e óbitos.
Diante da urgência da situação, o dr. Áviles fez um chamado à população de Pato Branco para que procure as unidades de saúde dos bairros e a unidade de vacinação central, localizada na rua Paraná.
“A população de Pato Branco pode procurar as unidades de saúde dos bairros e a unidade de vacinação central que fica aqui na rua Paraná”, finalizou, reforçando a disponibilidade da vacina e a importância da imunização para proteger a saúde individual e coletiva.
Secretaria de Saúde apela para que
população tome vacina contra a gripe
A vacina contra a gripe está liberada para toda população a partir dos 6 meses de idade. Com o aumento de casos graves de síndromes respiratórias e a circulação de novas cepas do vírus, a Secretaria Municipal de Saúde reforça: a vacinação é essencial e salva vidas!
A vacina é segura, feita com vírus inativado (não causa gripe) e ajuda a prevenir até 70% dos casos graves. Procure a unidade de saúde mais próxima e receba a vacina. A Sala de Vacinas Central tem horário estendido até as 20h na primeira quarta-feira do mês.
