São mais de 200 pessoas que se dispuseram a fazer um trabalho, a cada 15 dias, de ir até as famílias.

As missões populares na Paróquia Nossa Senhora da Salete, do Bairro Pinheirinho, em Francisco Beltrão, foram iniciadas na tarde de sábado, 24 de maio. O padre Nelso Maróstica, pároco, deu a bênção aos missionários leigos, na Igreja Matriz, e logo depois eles iniciaram as visitas às casas dos moradores do Bairro Pinheirinho e arredores. O pessoal estava vestido de coletes, chapéus e crachás.

Padre Nelso informou que a iniciativa de pastoral missionária “iniciou lá em 2023, quando eu cheguei aqui. Numa assembleia paroquial, um dos pedidos das lideranças foi que se promovesse na paróquia um momento de visita às famílias com bênçãos. Aí, essa ideia foi progredindo, na assembleia seguinte, em 2024, definimos como uma meta ser colocada em prática em 2025, e aí montamos as equipes, uma equipe central, uma equipe de coordenadores do interior, e fizemos uma seleção voluntária de missionários. A partir daí, fizemos, então, nesse período de 2025, a parte formativa dos missionários, e agora é o momento em que as duplas saem da igreja, vamos começar pela Igreja Matriz para as famílias. É uma visita, uma conversa com as famílias, a leitura de um texto da Palavra de Deus, oração e a bênção da casa”.

Passo seguinte

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As visitas vão ocorrer a cada 15 dias, sempre aos sábados, com a participação de lideranças leigas que integram as pastorais, movimentos e conselhos da Igreja Matriz e das capelas e pessoas que frequentam as atividades da Paróquia Nossa Senhora da Salete. Cada equipe foi composta por duas pessoas. Primeiro deve ser feita a visitação às residências dos bairros da Cidade Norte, e depois as missões serão estendidas às comunidades abrangidas pela paróquia. “A nossa ideia, o nosso objetivo, é fazer isso pelo menos uma ou duas vezes por ano, durante três anos”, enfatizou o pároco. 

Padre Nelso disse que 215 pessoas se dispuseram a atuar espontaneamente como missionários. “Isso significa que já há uma motivação, quem está aqui hoje, na igreja, está formando as duplas, vamos fazer em torno de 80 duplas, e já estarão com um mapa, sabendo qual é a rua, quais são as casas que eles vão visitar.”

Pessoal recebeu preparação

Fernanda Hobold, membro da coordenação das missões, disse que se trata de um momento novo de ir às casas das pessoas. “Para nós está sendo uma experiência desafiadora, é algo diferente. Estamos aprendendo também com essa primeira etapa, hoje é o primeiro dia que vamos fazer as visitas, e queremos levar a Palavra de Deus às famílias da nossa comunidade, de todo o território da paróquia Nossa Senhora da Salete, e vamos desenvolver esse trabalho com muita confiança, muita fé, muito amor no coração, e atender à necessidade da comunidade, de pessoas que, às vezes, querem ouvir uma palavra, precisam de alguma informação e não têm conhecimento”.

Antes de iniciar as missões, os voluntários participaram de uma preparação para chegar até as famílias. “Nós realizamos três encontros com os missionários. O primeiro foi um encontro espiritual, para tratar a parte espiritual de cada um. O segundo encontro foi uma parte teológica e eclesial. E o terceiro encontro, que aconteceu no último sábado, foi mais prático, para eles saberem como se comportar, o que fazer, o que falar, como abordar a família que eles estavam chegando”. Conforme o IBGE, a Cidade Norte tem cerca de oito mil famílias, que devem ser visitadas pelos missionários leigos.

Clima de animação

Os voluntários estavam animados para o início das visitas. Francisco Sachett, 65 anos, morador da comunidade do Divisor, atua como ministro da Eucaristia há 35 anos, e integrou o grupo. “Tô animado, mas tô preocupado ao mesmo tempo, porque a gente não sabe o que vai encontrar, quem são as pessoas, enfim. Mas vai tudo certo, o Espírito Santo vai iluminar”.

Um orgulho fazer esse trabalho, diz Faberson

Faberson de Oliveira, ministro da Eucaristia há 22 anos e funcionário da BRF, também é um dos voluntários, e falou sobre sua expectativa.

“Nessa primeira etapa nós estamos muito motivados de levar o trabalho de missionário nas casas, nas famílias. É um orgulho para nós, diante da fé que professamos, de estar fazendo esse trabalho”, declarou.