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Francisco Beltrão
sábado, 07 de junho de 2025

Edição 8.221

07/06/2025

Fui jogar bingo na Lanchonete Centrão

Sempre temos vontade de que nossa cartela seja preenchida. Nós não ganhamos nada, houve torcida e decepção, ficamos “pifados” por uma pedra.


Fotos: Flaviana Tubin.

Há tempo queria saber como funcionava a dinâmica do bingo na Lanchonete Centrão, de propriedade da Iliane Favoreto. O local, sempre lotado nos dias do jogo, chama minha atenção semanalmente.

O convite, para o grande dia, foi dos meus amigos Lurdinha e Tiago. Eu gostei. O bingo é muito bem organizado, tem vários grupos de WhatsApp anunciando o evento; a primeira rodada inicia pontualmente às 20 horas e acontece nas segundas, quartas e sextas-feiras.

São muitos os prêmios em cada rodada, todos excelentes e cobiçados. A bingueira oficial é a Jô Zanella, ela consegue manter a ordem do ambiente, o silêncio impera em cada número cantado e, se houver um início de barulho, ela logo trata de dissipar – mesmo com salão lotado.

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As cartelas são vendidas antecipadamente, avulsas ou em joguinhos, e ainda ganhamos um “chorinho”. Os frequentadores compram muitas cartelas, é comum observar a mesa coberta dos papéis com combinações numéricas.

Mais, enquanto rola o sorteio, o bingo tem supervisão, Jô canta as pedras, e a Iliane auxilia, rodando entre as mesas para fiscalizar e vender cartelas para quem quiser. A dinâmica é muito organizada.

Frequentadores assíduos levam canetinhas coloridas, organizam suas mesas com precisão milimétrica para dispor várias cartelas no espaço, e a concentração impera.

Jogar aquelas rodadas de bingo me fez voltar à infância, quando acompanhava meu pai, Flavio, na década de 80, aos domingos, no Anilado, para o bingo do União. Estar lá me fez confirmar que o bingo é um jogo social, que pode proporcionar momentos de descontração e alegria.

A empolgação do jogo nos leva à liberação de endorfina, que contribui para a sensação de bem-estar. Esquecemos tudo naquelas horas — é pura concentração, uma vez que é necessário prestar atenção, marcar os números na cartela. Ao final sentimos um cansaço bom.

O bingo tem uma origem interessante: surgiu como forma de realização de sorteios. No final da Idade Média, na cidade de Gênova, na Itália, os nomes dos candidatos para membros do conselho político eram colocados em bolas, retiradas de uma urna. Em 1530, essa tradição virou a loteria Lo Gioco Del Lotto.

Ao longo dos séculos, ela se espalhou e evoluiu para o bingo conhecido atualmente. No século 20, a brincadeira foi popularizada por Edwin Lowe, fabricante de brinquedos que a usou para arrecadar fundos. Os italianos trouxeram o jogo para o Brasil nesse mesmo século.

Por aqui, logo ele conquistou o gosto popular, sendo praticado em festas juninas, clubes e associações. Você não precisa ser um bingo-maníaco para jogar, vá para viver horas agradáveis e divertidas.

Afinal, a cada pedra cantada — boa ideia: 51; olha o Pelé, pedra número 10; dois patinhos na lagoa, 22; a idade de Cristo: pedra 33 — sempre temos vontade de que nossa cartela seja preenchida.

Nós não ganhamos nada, houve torcida e decepção, ficamos “pifados” por uma pedra em várias rodadas. Mas, como diz o ditado popular: Azar no jogo, sorte no amor!

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