Há perspectivas de ampliação de exportações.

A produção de suínos está se concentrando em médias e grandes propriedades no Brasil, que alojam grande número de matrizes, para atender grandes integradoras – cooperativas ou frigoríficos. O Paraná é um dos maiores produtores de suínos do Brasil e está livre da febre aftosa sem vacinação dos rebanhos bovinos, possui grandes frigoríficos em Toledo (BRF) e Assis Chateaubriand (Frimesa) e Castro (Aurora) e conta com granjas que investem em tecnologia e suínos de alta genética.
Por isso, centrais cooperativas e cooperativas de Santa Catarina e do Paraná estão ampliando suas áreas de atuação para outras regiões, entre elas o Sudoeste do Paraná. Apesar desta concentração, Jacir Dariva acha que há perspectiva para mais granjas produzirem suínos visando atender o mercado nacional e internacional.
“Hoje nós temos bastante espaço ainda. Nós temos a questão da exportação que está indo de vento em popa. No final de maio nós estávamos em São Paulo, o pessoal dos frigoríficos que foram visitar países da África, percebeu que eles [países africanos] precisam de muita carne. As Filipinas, por exemplo, têm vários frigoríficos fechados por falta de matéria-prima. Então, o melhor canal hoje, e o mais barato, é a carne brasileira para o mercado internacional. A questão da exportação vai instigar, não digo aumento tão grande de plantéis, porque também demora um pouquinho. Mas, com certeza, as perspectivas para os próximos dois anos da suinocultura é se manter nos níveis, não podemos dizer que o produtor vai estar sempre ganhando dinheiro, mas em um patamar de aumento de plantel”, analisa Jacir.
Por que a concentração?
Para atuar na atividade, no entanto, é preciso de grande escala de produção de leitões para engorda de leitões para terminação – suínos na faixa de seis meses com 90 a 110 quilos. “Olha, hoje, as granjas com poucos animais é difícil sobreviver, porque o custo operacional delas é muito alto. Você só vai dissolver o custo em quantidade. Então, as empresas, principalmente agora que começamos com as empresas integradoras cooperativas, elas estão tentando massificar a maior quantidade de animais por metro. Isso para quê? Hoje, a maior parte da ração maior vai das empresas para o produtor, já não tem mais caminhões pequenos, são carretas pra diminuir o custo. E pra recolher os animais também se usa carretas. É uma tendência, uma questão econômica. Então, vai ficar na mão de poucos, o que vai ser produzido a mais também. É só os médios e grandes produtores que vão ficar nesse mercado”, comenta Jacir Dariva, que preside a Associação Paranaense de Suinocultores (APS).