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Francisco Beltrão
terça-feira, 27 de maio de 2025

Edição 8.213

28/05/2025

A força do agronegócio

Mesmo no atual período de pandemia, a produção agrícola brasileira continua forte, com crescimento de 13,3% nas exportações de março comparado ao mesmo período do ano anterior, e previsão da maior safra da história.

Não há dúvidas que o mundo inteiro sofrerá as consequências econômicas causadas pela pandemia do coronavírus (Covid-19), uma vez que as necessárias ações de quarentena para conter a sua disseminação afetam diretamente o comércio, indústria e profissionais autônomos. Neste cenário alarmante, em que basicamente todos os setores enfrentam dificuldades, mais uma vez caberá ao produtor rural e ao agronegócio liderarem o caminho para a recuperação econômica do país. Assim como aconteceu em 2015, quando o país enfrentou uma das piores recessões da sua história, reflexo de políticas irresponsáveis e intervencionistas promovidas pelo governo do PT, será a cadeia produtiva do agronegócio que se manterá firme e com as melhores possibilidades de aquecer nossa economia. Mesmo no atual período de pandemia, a produção agrícola brasileira continua forte, com crescimento de 13,3% nas exportações de março comparado ao mesmo período do ano anterior, e previsão da maior safra da história, com aproximadamente 251 milhões de toneladas de grãos. Isso apenas comprova a organização e potencial do agronegócio brasileiro, que atualmente é o terceiro maior exportador de produtos agrícolas do mundo, atrás apenas da União Europeia e dos Estados Unidos, com destaques para produtos como a soja, café, açúcar, proteína animal, milho, entre outros. A força do agronegócio brasileiro reside não apenas no clima favorável e terras produtivas, mas na organização, utilização de métodos de produção modernos, criatividade e, especialmente, capacidade de quem atua no setor. No Paraná, que é um estado essencialmente agrícola, cerca de 33% do Produto Interno Bruto (PIB) e 70% das nossas exportações provêm do agronegócio. Lideramos a produção nacional de proteína animal (frango, suíno e bovino) e exportação de frangos, além de sermos o segundo maior produtor de grãos e o terceiro produtor de leite do país. Na pós-crise da pandemia do coronavírus, será essencial que o Governo do Estado amplie ainda mais a parceria com o setor, promovendo investimentos constantes para o aprimoramento da estrutura e condições de trabalho. Diversas iniciativas já estão sendo tomadas, especialmente no que se refere ao suporte para pequenos e médios produtores. No final de março, o governador Ratinho Júnior anunciou a ampliação da compra de produtos de agricultura familiar, que passou de 22 para 25 mil famílias, e manutenção do programa Tarifa Rural Noturna, que concede 60% de desconto na conta de luz para agricultores que utilizam energia elétrica entre 21h30 e 6h da manhã, beneficiando mais de 12 mil produtores rurais. Outra prioridade são os investimentos para melhoria do escoamento da produção, com a recuperação de trechos importantes de rodovias estaduais, novos investimentos em ferrovias, ampliação de voos regionais e aprimoramento nos portos do Estado, ações essenciais para a ampliação das exportações, iniciativas importantes que buscam minimizar os danos econômicos gerados pela pandemia do novo coronavírus e que, mais uma vez, comprovam que valorizar o agronegócio é garantir que o principal pilar da economia brasileira se mantenha forte, movimentando as exportações, alavancando outros setores comerciais e gerando novas oportunidades de emprego e renda para as famílias.

Paulo Litro é deputado estadual, presidente da Comissão de Indústria, Comércio, Emprego e Renda da Assembleia Legislativa e presidente do PSDB-PR

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