Integrados de suínos, aves, leite e fumo participaram segunda-feira, 5, do 2º Encontro Sul de Integrados em Chapecó (SC), organizado pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar da Região Sul. Os agricultores de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul discutiram, juntamente com as autoridades presentes, os desafios e perspectivas do sistema de integração brasileiro. O valor que os agricultores integrados recebem pelos lotes de aves e suínos é considerado baixo.
Os custos com mão de obra, energia elétrica, manutenção, seguro, carregamento de animais e Funrural geralmente são de responsabilidade do integrado, o que reduz a remuneração. “A maioria dos integrados trabalha pelo custo de produção e outros recebem menos que isso. Por esta razão é necessário discutirmos uma lei que regulamente o sistema de integração no Brasil”, salientou o coordenador da Fetraf-Sul/CUT em Santa Catarina, Alexandre Bergamin.
O representante da Embrapa, Jonas Irineu dos Santos Filho, apresentou a pesquisa dos custos de produção de aves e suínos. Atualmente o produtor de aves recebe em média R$ 0,50 por frango e para produzir cada animal ele gasta em média R$ 0,55.
Os principais pontos de pauta elencados pela Fetraf foram os seguintes: que as empresas integradoras compartilhem a responsabilidade ambiental, pois, atualmente o investimento e responsabilidade são somente do integrado;g arantia de preço justo, não menor que o custo de produção, e que garanta a remuneração do trabalho; estabelecer processos de negociação dos contratos entre integrados e integradoras com a participação das entidades de trabalhadores integrados; definir data-base anual para negociação entre integrador e integrados.