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Francisco Beltrão
domingo, 25 de maio de 2025

Edição 8.211

24/05/2025

Apicultores enfrentam quebra na produção de mel

Problema se deve à estiagem que se prolonga desde agosto.

João e Gilberto são sócios na atividade e produzem 11 toneladas de mel por ano, em 450 colmeias espalhadas por municípios do Sudoeste.

Os apicultores Gilberto Spader e João Pichet estão entre os maiores produtores da região Sudoeste do Paraná, na atualidade. Assim como na produção de grãos, a estiagem está afetando a safra de mel deste ano. Há mais de 30 dias não cai uma boa chuva na região.

As colmeias deveriam estar cheinhas de mel, mas a falta de flores nas árvores impede a produção pelas abelhinhas que não encontram a base de sua matéria-prima, o néctar das floradas.

O Paraná vem despontando este ano como principal Estado exportador de mel, com cinco mil toneladas no primeiro semestre, um aumento de 57% sobre o volume exportado em igual período do ano passado, que somou três mil toneladas.

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A Associação Brasileira dos Exportadores de Mel (Abemel) credita o aumento das exportações brasileiras à pandemia do novo coronavírus. João Picheti destaca que o preço do mel tem mantido suas médias e o consumo em alta tem mantido a boa fase.

As exportações também crescem, com o mel brasileiro e paranaense nos mercados dos Estados Unidos e da Europa. As exportações foram principalmente para os Estados Unidos e Alemanha, mas pode ser destacada também as vendas para o Canadá, Bélgica, Holanda, Austrália e Dinamarca.

Juntos na atividade apícola, Gilberto e João produzem 11 toneladas de mel por ano, com 450 colmeias espalhadas em vários municípios do Sudoeste. “A apicultura exige grandes extensões de área, porque as abelhas precisam de intervalos entre dois e cinco quilômetros entre um núcleo e outro”, explica Gilberto.

O Sudoeste tem excelente potencial para a produção de mel, com suas características especiais de flora e clima. Mas nossa produção ainda é baixa se comparada a outros países, pela fraca utilização de recursos tecnológicos na produção.

O mercado do mel movimenta US$ 360 milhões, com o número de apicultores tendo aumentado 4,5% nos últimos dez anos, segundo estimativas da Confederação Brasileira de Apicultura. Sem falar nos aspectos econômicos, a apicultura resulta em enormes benefícios para o meio ambiente e para a saúde humana.

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