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Francisco Beltrão
sexta-feira, 06 de junho de 2025

Edição 8.220

06/06/2025

FEIJÃO

Aplicativo lançado pelo IDR ajuda produtor a controlar pragas

O aplicativo desenvolvido no Paraná. FOTO: Roberto Dziura/AEN

AEN – O Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná — Iapar-Emater (IDR-Paraná) lançou nesta quinta-feira, 10, no Pavilhão Smart Agro da ExpoLondrina, o aplicativo IDR MIP Feijão para smartphones. É mais uma ferramenta que vem auxiliar os produtores do Paraná, que lidera a produção da leguminosa no Brasil.

“A ferramenta foi criada a partir de solicitações de técnicos e produtores, que enfrentavam dificuldades para decidir com segurança sobre o controle de pragas no feijão”, explica Humberto Godoy Androcioli, um dos desenvolvedores.

Projetado e desenvolvido pela equipe técnica do IDR-Paraná, o aplicativo permite cadastrar vários talhões (inclusive de diferentes propriedades), orienta a coleta de amostras nas lavouras, avalia a necessidade de controle e apresenta uma lista de inseticidas registrados na Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar).

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Outro diferencial é o histórico de intervenções: “O produtor pode consultar os produtos já aplicados e evitar o uso repetido de uma mesma substância, reduzindo o risco de resistência das pragas”, acrescenta Androcioli.

Disponível na App Store e no Google Play, o app oferece parâmetros para monitorar infestações e orientar o uso de inseticidas. “É uma solução prática que substitui pranchetas e planilhas complicadas. Tudo está na palma da mão”, destaca o pesquisador.

Tecnologia

O Manejo Integrado de Pragas (MIP) é uma estratégia que combina controle químico, biológico e práticas culturais. Em vez de depender exclusivamente de inseticidas, a técnica valoriza o monitoramento constante, o uso de cultivares resistentes, a rotação de culturas, o manejo do solo e o plantio em épocas adequadas. O objetivo é reduzir perdas, proteger o meio ambiente e diminuir os custos de produção.

Produção estadual

Está começando a colheita da segunda safra de feijão no Paraná. O último dado apresentado pelo Departamento de Economia Rural (Deral) é que já foram retirados os frutos de 3% da área semeada, estimada em 332 mil hectares. Apesar da redução de 24% na área em relação à segunda safra de 2024 (435 mil ha), esta continua superando a área da primeira safra, que teve sua colheita encerrada em março em 166 mil hectares.

A primeira safra rendeu 339,2 mil toneladas. A última estimativa do Deral, apresentada ao final de março, é de que a segunda safra produza 610,6 mil toneladas, ainda que perdurem preocupações com o tempo seco e quente. O Paraná deverá manter sua condição de principal produtor da leguminosa no Brasil, adquirida em meados dos anos 90.

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