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Francisco Beltrão
domingo, 25 de maio de 2025

Edição 8.211

24/05/2025

Após ataque de lesmas, lavoura teve de ser replantada

 No interior de Francisco Beltrão duas lavouras de soja plantadas em outubro tiveram de ser replantadas pelo proprietário por causa do ataque de lesmas. O produtor rural plantou soja do ciclo normal, para colheita em março-abril. Antes do plantio de soja, as áreas foram ocupadas com o cultivo de azevém, cultura utilizada para cobertura vegetal e que serve também para a alimentação de bovinos de leite e corte.

Posteriormente, o agricultor pode plantar culturas como soja, milho ou feijão. No entanto, ainda ficam no solo resíduos da planta de azevém. O técnico agrícola Jandir Reginatto, da San Rafael, explica que ocorre a retenção de umidade o que propicia a proliferação das lesmas. Outro fato que contribuiu para a procriação rápida do molusco foi o período de chuvas, em outubro, deixando o solo muito úmido. As plantas estavam no período de desenvolvimento vegetativo. 

As lesmas atacam o caule e sugam a seiva da planta, que acaba morrendo. O combate ao molusco não tem como ser feito com iscas. A solução, nesta propriedade, foi revolver o solo com implemento agrícola e fazer o replantio. Jandir conta que o produtor plantou 15 hectares de soja e foi preciso replantar 10 hectares. 

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Ele estima que o agricultor teve um prejuízo de R$ 1.800 a R$ 2 mil por alqueire – equivalente R$ 800 por hectare. O seguro agrícola não cobre este tipo de dano às lavouras. O técnico disse que havia bolas de lesmas. A situação foi detectada entre 10 e 25 de novembro. A recomendação técnica foi pelo replantio.

Jandir estima que o produtor rural poderia obter uma renda bruta de R$ 40 mil se a colheita fosse normal, com um cálculo da saca a R$ 58 e estimativa de produtividade de 130 sacas por alqueire. Há quatro anos, conta Jandir, o mesmo problema ocorreu na lavoura de um vizinho deste produtor, em uma área ainda maior. 

O técnico ressalta que o ataque deste molusco ocorre quando há condições propícias. “Não é uma coisa normal”, diz. A recomendação para os produtores é ficar atentos às lavouras e fazer os manejos. O engenheiro agrônomo Cleverson Penso, gerente da Coasul, acrescenta que não é algo comum este tipo de ataque às lavouras de soja. 

 

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