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Francisco Beltrão
domingo, 01 de junho de 2025

Edição 8.216

31/05/2025

Área de cultivo de trigo deve ser maior que o previsto

Preço é um dos atrativos para esta safra.

Dirceu Rufatto, de Renascença, em lavoura de trigo de 2008.

A área de cultivo de trigo nesta safra será maior do que as previsões iniciais dos técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral) do Núcleo regional de Francisco Beltrão-Dois Vizinhos. Inicialmente eles previam que o trigo ocuparia uma área de 90 mil hectares. Mas os técnicos estão reavaliando e a área poderá ser de 92 mil hectares. A produtividade esperada é de 3.200 quilos por hectare. Na safra passada foram plantados 94 mil hectares.

O valor da saca de 60 quilos do cereal se tornou atrativo para os produtores rurais decidirem pelo plantio. Nos últimos meses a cotação tem oscilado entre R$ 58 e 60, conforme a cotação do dólar. Em anos anteriores, com o real valorizado a cotação do cereal era menor.

A condição das lavouras é considerada muito boa. As áreas já estão todas plantadas e praticamente se encontram em desenvolvimento vegetativo. Para o engenheiro agrônomo Ricardo Kaspreski, do Deral/Seab de Beltrão, nesta fase as lavouras de trigo ainda suportam as geadas. Porém, as lavouras que já estiveram na fase de emborrachamento podem ter algum prejuízo.

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Na região de Pato Branco, o Deral/Seab estima cultivo de 60 mil hectares. Destes, 54 mil hectares já foram plantados. No Paraná serão plantados 1.018 milhão de hectares.

Defensor do cultivo do trigo
Dirceu Rufatto e o filho Denilson plantam trigo há muitos anos em duas áreas entre Marmeleiro e Renascença. Nesta safra plantaram 150 hectares. Dirceu, que já foi presidente do Sindicato Rural, continua defendendo uma política governamental de apoio ao cultivo de trigo. “Continuo como sempre vendo a viabilidade do trigo pro solo”, comenta.

Ele elenca como fatores importantes esta cultura para a preservação do solo, a rotação de cultura no outono-inverno e também renda para o produtor no final do ano, com a colheita. “Tomara Deus que algum governo possa apoiar pra que os produtores possam produzir com qualidade e quantidade”.

Dirceu observa que muitos produtores olham o trigo só pelo lado que não vai lhes dar lucro. O Brasil consome mais farinha de trigo do que produz. As importações vêm da Argentina, Canadá e Estados Unidos para suprir a demanda interna.

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