JdeB – Pelo menos 95% da área estimada de cultivo da safra de trigo 2023/2024 já foi plantada na região de Francisco Beltrão-Dois Vizinhos. Os técnicos do Departamento de Economia Rural da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab) estimam que o trigo ocupará uma área de 145 mil hectares nos 27 municípios que compõem as duas regiões – crescimento de 8%.
As últimas áreas de plantio estão nos municípios de Francisco Beltrão e no entorno, que plantam um pouco mais tarde do que os municípios da Fronteira. Durante a semana tinha produtor rural colhendo feijão e plantando trigo.
Muitos produtores plantaram trigo porque tinham financiado, haviam comprado os insumos e sementes. Porém, os custos de produção estão altos e a cotação está baixa, deixando um certo desânimo em termos de perspectivas de renda.
Por isso, apesar da área maior de trigo, o investimento será feito principalmente para não deixar o solo descoberto nos meses de outono-inverno.
A previsão inicial é de boa safra. Há previsão de período chuvoso na época de maturação e da colheita. Se chover muito, no entanto, as plantas, a produção e a qualidade do grão podem ser afetados.
A produção esperada para esta safra é de 460 mil toneladas. A produtividade estimada é de 3.200 a 3.150 quilos/hectares. Mas estas perspectivas dependem de boas condições climáticas.
O engenheiro agrônomo Carlos Hugo Godinho, do Deral, no boletim agropecuário da Seab, desta semana, informa que “O plantio de trigo [no Paraná] chegou a 96% da área estimada de 1,39 milhão de hectares. A projeção de área supera em 12% o semeado na safra anterior, mesmo depois de alguns produtores desistirem da cultura no último momento. As desistências ocorreram devido aos preços em queda no mercado interno, como mostrou o Relatório de Preços recebidos pelo produtor. Em junho, a saca de trigo foi comercializada a R$ 66,34, em média, acumulando sete períodos de retração e registrando valores 38% menores do que os praticados em junho de 2022”.
