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Francisco Beltrão
terça-feira, 17 de junho de 2025

Edição 8.227

17/06/2025

Ari Reisdofer destaca união das forças do Sudoeste para conseguir ampliação no prazo do plantio da soja

O plantio da soja agora pode ser feito entre 13 de setembro e 31 de janeiro.

O presidente da Associação dos Sindicatos Rurais do Sudoeste do Paraná (Assinepar), Ari Reisdofer, de Clevelândia, destacou como uma grande conquista a alteração do prazo para o plantio de soja de 31 de dezembro para 31 de janeiro. Ele relatou que houve uma união de forças para convencer o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). A Portaria 306, emitida dia 1º de setembro de 2021, uniformizou a data de plantio para os três estados do Sul entre 13 de setembro e 31 de janeiro. Ari comentou que “isso foi uma reivindicação antiga que nós, do Paraná, fizemos ao Ministério da Agricultura, pelo seguinte motivo: no Paraná, a Secretaria de Agricultura foi mais técnica [ao decidir pelo prazo final de plantio], olhou mais o lado técnico, enquanto que o Governo de Santa Catarina não teve essa visão. Então, nós tínhamos na nossa divisa de todo o Sudoeste, do nosso lado, não podendo plantar soja em janeiro, e em Santa Catarina podendo plantar”. O presidente da Assinepar lembra que os produtores rurais “nos questionavam: ´não tem nem cerca, nem mato, e lá pode, aqui não pode´. Então foi uma solicitação feita várias vezes ao Ministério da Agricultura e pra satisfação nossa, isso se concretizou”. 

Articulação regional
Ele lembrou que anteriormente tinha sido publicada uma outra portaria que “engessou o plantio de 10 de setembro a 31 de dezembro. Isso pro Sudoeste seria muito prejudicial, porque nós temos no Sudoeste muitas propriedades que fazem silagem, principalmente o pessoal do leite. Eles tiram o milho, podem plantar soja, ou senão tira o feijão e pode plantar soja. E em cima dessa portaria [anterior] do Mapa isso não seria possível”. Diante desta portaria, as entidades do Sudoeste se articularam e elaboraram uma reivindicação à Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab) e ao Ministério da Agricultura (Mapa).

O documento foi assinado pelo presidente da Amsop, Nilson Feversani; presidência da Associação dos Engenheiros Agrônomos do Paraná (AEA-PR); Associação dos Engenheiros Agrônomos do Sudoeste, por Oradi Caldatto, vice-presidente da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep); Clemente Renosto, representando o núcleo Sudoeste da Ocepar; e pelo presidente da Assinepar, Ari Reisdofer. “Esse documento foi elaborado tecnicamente e nós temos parecer técnico. Não é só o agricultor que tá pedindo. Tem a opinião dos técnicos dizendo que isso não prejudicaria em nada o vazio sanitário. Entregamos esse documento pessoalmente ao secretário da Agricultura [Norberto Ortigara] em uma ocasião em Pato Branco e ao presidente da Adapar [Otamir Cesar Martins] e explicamos verbalmente. Pra satisfação nossa foi atendida a reivindicação. Quem sai ganhando são os agricultores. Faço aqui uma ressalva: o quanto é importante a força das associações e sindicatos. Quando se reúnem os sindicatos na Assinepar, as cooperativas e a Ocepar e os políticos na Amsop”, comentou. 

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Terá repercussão
As lideranças do agronegócio da região preveem que haverá um aumento na área de plantio de milho da primeira safra – setembro a janeiro – já que nos últimos anos houve uma redução drástica na área de cultivo de milho pelo alto preço da soja na região. Ricardo Kaspreski, engenheiro agrônomo do Departamento de Economia Rural (Deral), do núcleo da Secretaria de Agricultura (Seab) em Francisco Beltrão, acredita que nesta safra ainda não haverá este aumento na área de plantio de milho. Para o ano que vem ele acredita que uma maior área será destinada para a cultura. Mas ressalta que isso deverá ocorrer em alguns municípios. 

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