Agricultura
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A história que vamos contar hoje aconteceu na comunidade do Divisor, em Francisco Beltrão. Nessa localidade, o casal de agricultores Ângelo Pertile e Gema Tibola Pertile morreu no mesmo dia, e de causas naturais. O fato aconteceu dia 22 de maio de 1997, uma quinta feira muito fria. Ângelo era natural de Marau (RS), onde nasceu dia 11 de fevereiro de 1918. Gema era gaúcha também, nasceu dia 10 junho de 1916, em Santa Maria. Eles casaram no dia 2 de setembro de 1939. No dia 28 de agosto de 1960, chegaram com a mudança na comunidade do Divisor. O casal teve oito filhos. Dos oito filhos de Ângelo e Gema, estão vivos somente o Paulo Pertile, de 76 anos, que mora no Divisor e a Vitalina Pertile, de 74 anos, moradora do Rio Tuna, em Beltrão. Ângelo e Gema formaram uma família de pessoas honestas e trabalhadoras.
O casal sempre trabalhou na roça, ajudavam e participavam de tudo o que acontecia na comunidade. Juntos, conquistaram muitos amigos pelo jeito honesto e simples de ser. Ângelo e Gema moravam com o filho Paulo e a nora, Maria Nalmázia. Mas, 63 dias antes do falecimento, Gema sofreu um AVC. Ela ficou enferma e inconsiente, na cama. Seu Ângelo tinha problemas de artrose e trombose. Dia 19 de maio de 1997, seu Ângelo foi internado na Policlínica São Vicente de Paula, em Beltrão. Três dias depois, às 17h, seu Ângelo faleceu.
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Às 22h, seu corpo chegou na casa do Paulo, levado pelo Carlos, da Unifaz, onde foi velado. Naquela noite havia muita gente na casa do Paulo, aguardando a chegada do caixão. Mesmo inconsciente, com a chegada do corpo de seu Ângelo, dona Gema começou a ficar agitada. A filha Vitalina, percebeu pela atitude da mãe que ela sabia exatemente tudo o que estava acontecendo ali. Às 23h50, dona Gema faleceu também. Ficaram todos muito chocados com o acontecido e a tristeza foi ainda maior.
Novamente o Carlos, da Unifaz voltou. Às 2h30, da madrugada, o casal Ângelo e Gema era velado, um ao lado do outro. Parentes e amigos se assustavam quando chegavam para o velório e avistavam os dois caixões, pois eles só estavam sabendo do falecimento do Ângelo. Vitalina conta que nunca irá esquecer das palavras ditas pela professora Marcia Coelho, durante o velório. “É triste mas, ao mesmo tempo, muito lindo. Eles sempre viveram juntos e até no dia da morte ficaram juntos.”
Às 16h, da sexta-feira foi rezada a Missa de corpos presentes, do casal, na Igreja do Divisor, capela São Bernardino de Siena. Após a celebração, Ângelo e Gema foram enterrados no cemitério da comunidade. Foi feito um túmulo maior e os dois foram colocados um ao lado do outro.
Os irmãos Paulo e Vitalina comentam que foi triste demais perder as duas pessoas que mais amavam, no mesmo dia. Já se passaram 24 anos e até hoje não esqueceram daquele triste dia. A saudade é muito grande. A Maria diz que morou 26 anos com os sogros e sempre se deram muito bem.
“Morei mais tempo com eles do que com os meus pais. Eram pessoas maravilhosas que deixaram bons exemplos.”
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