Com preços abaixo do esperado, produtores não firmam contratos e aguardam melhoria.
Os contratos futuros disponíveis para comercialização de soja não agradam muito os agricultores do Sudoeste. Segundo as cooperativas e empresas do agronegócio, os valores ofertados atualmente estão um pouco abaixo da expectativa dos produtores, que não estão firmando os contratos na espera de uma possível melhoria nos preços.
Ontem, o preço de venda da saca da soja na Coasul estava em R$ 70, enquanto os contratos futuros estavam sendo firmados por R$ 73. Segundo Leandro Giacomin, encarregado do entreposto Coasul de Francisco Beltrão, os produtores esperavam preços superiores a R$ 80 a saca. “No início, até tivemos algumas opções de contratos a R$ 80 e R$ 82, mas atualmente está um pouco mais baixo. Na comparação com o ano passado, temos um volume menor de contratos futuros firmados aqui”, revela.
Em Bela Vista da Caroba, para se ter uma ideia, o entreposto da Coagro optou por não praticar contratos futuros. Segundo a equipe, houve uma procura inicialmente por parte dos produtores, mas como não se agradaram com os valores propostos a demanda foi muito baixa e a unidade optou por não realizar os contratos.
Para a safra 2016/2017, a área de soja foi um pouco menor que na safra anterior, já que muitos produtores optaram pela safra de milho. Apesar das lavouras de soja avançarem positivamente com bons níveis de desenvolvimento, não é possível prever que haja melhorias nos valores ofertados. “Não dá pra prever se o valor vai melhorar ou não, e é opção do produtor firmar o contrato ou não, a gente apenas orienta. E também, quando firmados contratos, orientamos que façam de 30 a 40% do que pretendem colher para não correr o risco de não conseguir cumprir contrato. A expectativa de produção é boa, mas não pode faltar chuva daqui pra frente”, informa Leandro, da Coasul.