A KMK atua em homologações, testes, aplicação técnica e entrada no mercado de equipamentos agropecuários inovadores.
Por Leandro Czerniaski
A chegada ao mercado de novos equipamentos que permitem mais eficiência energética com menor custo e redução de poluentes para a avicultura e suinocultura passa pelo trabalho de uma empresa de Francisco Beltrão. A KMK Consultoria Corporativa Estratégica é especializada no desenvolvimento de produtos e equipamentos que utilizam biomassa (cavaco, pellets, briquete e outros) como fonte de energia e dá suporte para startups do agronegócio, fazendo a aplicação técnica, testes, homologações e a entrada no mercado.
“Nosso trabalho é transformar um projeto em realidade, tanto na parte documental e comercial quanto a aplicação de campo e esse é um dos focos, fazer com que a inovação presente nos produtos e equipamentos traga benefícios aos produtores”, comenta o representante da KMK, Cristiano Adalberto Pritsch. Algumas das novidades estão expostas na Expobel.
Entre os produtos que integram o portifólio da empresa estão os aquecedores para aviário e chiqueirões que permitem a utilização de até cinco tipos de biomassa (lenha, pellet, cavaco, chip e briquete). Geralmente, estes equipamentos aceitam até duas fontes de energia. Para chegar ao resultado final, a Sul Brasil – empresa de Céu Azul, que fabrica o produto – elaborou uma série de melhorias, como o alimentador, trocadores de calor mais distribuídos, estrutura em aço reforçado e válvulas de segurança para evitar que o fogo se alastre pelo silo do equipamento. Com mais opções, os produtores conseguem utilizar a biomassa que tiver mais disponibilidade ou melhor preço em cada período do ano ou região.
Outra novidade é o desidratador de carcaças fabricado pela AC Aves, de Matelândia. O equipamento faz a desidratação de frangos e suínos e facilita o descarte, pois reduz o volume de matéria. Os animais mortos são transformados numa massa que pode com alto teor de proteína digestível (mas que a legislação não permite transformar em ração), tornando o processo mais prático e sustentável. No estande também há o batedor de cama de aviário, duplo, que possui dois cilindros. Isso torna o processo de reaproveitamento da maravalha, mais ágil, pois o equipamento é passado apenas uma vez sobre a cama, em vez de fazer várias passagens.
A Agro Door também é uma inovação que foi desenvolvida pela KMK e, neste caso, a montagem é feita por uma empresa beltronense. Como a amônia produzida pelos dejetos de suínos e gerada nos aviários acabava corroendo as portas metálicas, a empresa criou uma porta em PVC com estrutura de alumínio para ser usada nos barracões. Fica mais leve, bonita, com melhor vedação, é mais durável e até mais barata que a porta metálica. Todos estes produtos obtiveram o registro de patente.
Chip para exportação
Um dos projetos que vem destacando a KMK é o desenvolvimento de chip de Eucalipto para geração de energia térmica. A ideia é tornar este um produto para exportação e a proposta já foi apresentada ao Parlamento Europeu e do Mercosul. Geralmente, o pellet é feito com Pinus e tem sido a solução para dosificar o volume de biomassa em caldeiras pelo mundo, mas Cristiano afirma que o chip de Eucalipto tem melhor potencial de gerar quilocalorias com menos emissão de CO2, após a retirada de água. Esse projeto é elaborado em parceria com um empresário beltronense do segmento de reflorestamento e a pretensão é iniciar a fabricação em larga escala nos próximos meses. “O Brasil tem uma relevância mundial no agronegócio porque conseguimos produzir com custos menores e isso se deve, em muito, à inovação no campo. Na área da biomassa, temos como premissa sempre produzir com mais eficiência energética, menor custo e menos emissões”, completa Cristiano.
