Segunda-feira, 20 de junho. Nós levamos às 6h30, eu fiz fogo no fogão à lenha e a Vani preparou o café. Após o café meu neto Jeferson, filho da Vani,foi para faculdade. Ele faz Engenharia Ambiental, na UTFPR de Beltrão. Jeferson já é formando em Tecnologia de Construção Civil. Ele estudava em Curitiba, mas não gostou da cidade grande e desde 2018, está morando conosco. A Vani tratou os porcos, as galinhas caipiras, os gatos e os cachorros. Depois lavou roupa, limpou a casa, picou lenha de Eucalipto com o machado e preparou o almoço. Eu liguei o Rádio na Educadora AM, de Beltrão. Não perco um programa do Almir Zanette e do Luiz Carlos Maciel. Gosto muito deles. Às 12h, almoçamos eu, a Vani e o Jefferson. Após o almoço, fui descansar um pouco. O Jeferson ficou estudando. A Vani foi para cidade.
Primeiro, ela passou no Posto de Saúde do Bairro Cantelmo para agendar um exame de glicose, para mim. A Márcia, recepcionista do posto, marcou exame para ser feito quarta-feira, dia 22 de junho, no Laboratório Max. Depois, a Vani foi até a concessionária da Wolkswagen de Beltrão, a Revesul, fazer uma revisão no nosso gol que compramos zero km em 2015. O carro está com apenas 38 mil quilômetros rodados e é todo original. Assim que a revisão acabou, ela fez compras no Supermercado Super Pão. Quando ela chegou em casa, ajudamos descarregar as mercadorias. A Vani tratou os animais. Tomamos banho e ligamos na TV Aparecida. Assistimos a missa e depois o terço com o padre Antônio Maria. Jantamos. Daí, o Jeferson escolheu um filme na Netflix. Assisti até às 10h da noite, e fui dormir. Dentro de casa estava bem quentinho pois fizemos fogo no fogão à lenha. Mas lá fora era muito frio. As 11h da noite, a Vani e o Jeferson também foram se deitar.
Eu nasci em 1º de novembro de 1936, na Linha Costa do Uruguai, Barra do Cotegipe (RS). Em 1956, durante um matinê que acontecia na Linha 4, uma comunidade próxima de onde eu morava, comecei namorar com o Albino Dariva. Ele era natural da Linha Boa Vista, Erechim (RS). Ele nasceu dia 25 de abril de 1936. Nós éramos vizinhos e a distância de nossos sítios era dois quilômetros. Foi um ano de namoro e dois de noivado. Casamos dia 25 de abril de 1959, um sábado às 10h. A celebração do casamento aconteceu na Matriz Nossa Senhora do Rosário, em Barra do Cotegipe, que ficava a oito quilômetros de onde morávamos.
Lembro que fomos pra Igreja numa camionete F-100, do irmão do Albino, o Ermínio. O motorista que nos levou foi o Lírio, casado com a minha irmã Vilma. Eu e o Albino fomos na gabina, com ele, e os padrinhos foram em cima, na carroceria. Logo após a cerimônia, caiu muita chuva. A festa do casamento foi na casa da mãe do Albino, a dona Augusta Zanella Dariva. O pai do Albino, o seu Jacinto, já era falecido. Tinha 50 convidados, sendo 20, do meu lado, e 30, do lado do Albino. No almoço foi servido churrasco, pão, cuca e vinho. E durante a noite teve baile, em uma sala bem grande que tinha na casa. Dançamos bastante. A festa só acabou depois da meia-noite. Moramos durante quatro anos com a minha sogra, dona Augusta. Depois, ganhamos dela uma colônia de terra (dez alqueires). E construímos nossa casa. Sempre trabalhamos na roça. Tivemos três filhos. A Silvana que mora em Curitiba. O Ari e a Vani. Tenho três netos. No fim do mês de julho vai nascer a minha primeira bisneta, da Izis, filha da Lais e neta do Ari. Em 1968, chegamos aqui na Linha São Marcos onde compramos um sítio. Em 1971, trocamos de sítio por esse que estamos agora. Dia 27 de setembro de 2006, o Albino faleceu. Até hoje sentimos muita a sua falta pois ele sempre foi um homem honesto que cumpria com todos os seus compromissos. Jamais penso em sair desta morada pois aqui vivo muito feliz com a minha família.
