
Zenita “Zena” Miranda e Orley Lopes, na abertura dos trabalhos.
Foto: Seab/Francisco Beltrão
Quinta e sexta-feira, no escritório regional da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab) de Francisco Beltrão, houve a pesagem das amostras de soja coletadas pelas comissões municipais de avaliação das perdas na colheita. Neste ano, dos 20 municípios da área de abrangência do escritório da Seab, 15 participam do projeto. Em oito anos de realização do concurso, as perdas caíram para 0,96 sacas por hectare. Na abertura dos trabalhos, compareceram o chefe do núcleo da Seab, Neri Munaro; o gerente regional da Emater, Orley Lopes; e os extensionistas Carlos Alberto Wust da Silva e Erickson Marx, da Emater. A contagem das caixas com as amostras foi feita por Simone Vieira, da Seab; Zenita “Zena” Miranda, do Departamento de Agropecuária da Prefeitura de Beltrão; e pelo extensionista João Sérgio Canterle, da Emater. As comissões municipais coletaram amostras de grãos em lavouras de 221 propriedades rurais, aleatoriamente e sem inscrição dos produtores ou operadores de máquinas, para avaliar as perdas no momento da colheita. Foram coletadas pequenas quantidades de soja que deixaram de ser colhidas pelas máquinas (grãos caídos no sol). João Sérgio explica que a coleta ocorre em três locais da lavoura em área de dois metros². A Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias (Embrapa) considera aceitável até uma saca por hectare. Acima disso, o produtor está deixando de ganhar muito dinheiro.
Agora é só avaliação
Há nove anos, a comissão regional organizava o concurso para premiar os agricultores ou operadores que conseguissem os menores índices de desperdício. Atualmente, ocorre apenas a avaliação das perdas nos municípios, a divulgação dos resultados e palestras para os produtores e operadores. O encontro será em junho, em Beltrão, em data a ser marcada, com a presença de agricultores, operadores, técnicos e autoridades. O projeto visa incentivar a eficiência na colheita dos grãos, evitar desperdícios, problemas sanitários e melhorar a renda dos agricultores. Para buscar a eficiência na colheita, são promovidos treinamentos para operadores e agricultores, incentivada a rotação de culturas, a prática do manejo integrado de pragas e doenças e o plantio da cultura na época recomendada.
Entre as safras 2009/2010 e 2016/2017 houve uma redução significativa de desperdícios. Na safra 2009/2010 a média era de 2,5 sacas por hectare e na safra 2016/2017, a média foi de apenas 0,96. Com estes resultados, a renda do produtor e operador aumentou e a movimentação financeira nos municípios foi maior. O projeto é promovido anualmente pela Seab, Emater, Associação dos Secretários Municipais de Agricultura e Meio Ambiente (Assema), Amsop) e as prefeituras.