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Francisco Beltrão
domingo, 01 de junho de 2025

Edição 8.216

31/05/2025

Geada e chuvas afetam safra de feijão, mas preço pode recuperar perdas

Mais da metade do feijão plantado na região ainda está nas lavouras. Foto: Arquivo pessoal.

Por Leandro Czerniaski – Quase metade das lavouras de feijão da região já foram colhidas. E o que os produtores estão tirando das plantações está sendo um produto abaixo das expectativas. Tanto em quantidade como na qualidade. “Não temos áreas totalmente perdidas por conta desas intempéries do clima, mas verificamos lavouras parcialmente prejudicadas em grande proporção pela região”, analisa o técnico do Departamento de Economia Rural da Seab, Antoninho Fontanella.

Nos 27 municípios da microrregião de Francisco Beltrão foram plantados 51 mil hectres de feijão – metade pra cada variedade, preto e carioca. A perspectiva inicial era retirar dessas lavouras cerca de 100 mil toneladas, mas a previsão da colheita vem diminuindo devido à quebra de produtividade nas lavouras. Só será possível calcular exatamente o percentual de perdas conforme a colheita for avançando, segundo Fontanella. O técnico cita, no entanto, que o valor está relativamente bom para o produtor e compensando a redução da safra: em torno de R$ 180 a saca do feijão preto e R$ 360 a do carioca.

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Um dos fatores que vêm contribuindo para a alta de preços do grão é sua procura no mercado nacional. Boa parte do feijão da região, por exemplo, é enviado para grandes centros do Sudeste e Nordeste e mesmo com a qualidade menor, as vendas estão garantidas. “Tem faltado bastante feijão no mercado, o produtor está recebendo em torno de 190, até R$ 200 por saca, mesmo com o grão danificado, como vem sendo com cerca de 95% do que foi colhido até agora”, comenta Roberto Detoni, da Femila Comércio de cereais, de Ampere. Roberto, aponta, no entanto, que considerando os custos elevados da produção, o preço ideal seria de R$ 250 por saca.

Detoni explica que plantar feijão na região Sudoeste sempre teve riscos por conta do clima e que a grande maioria dos grãos está chegando danificado à cerealista. “É raro chegar feijão com classificaçao ‘tipo I’, que é de uma qualidade melhor. A questão da geada e das chuvas influenciaram nesta perda de qualidade do grão, mas vemos por outro lado que cada vez mais os agricultores estão plantando feijão e isso é bom pra nossa região.”

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