A lavoura demonstrativa de Renascença foi acompanhada pelo técnico Alberto Müller, da Emater. Ele constatou bons resultados com a utilização do Mip e Mid. “O resultado nessa propriedade foi muito bom, nós tivemos aí no período somente duas aplicações de inseticidas e duas aplicações de fungicidas, mas as mesmas foram aplicadas no mesmo momento e a média no município em questão de praga ficou entre cinco a seis aplicações de inseticidas e a de fungicida ficou pra quase quatro. Então, nessa área quase reduzimos em mais de 50% na questão de inseticida e também tivemos uma boa redução em fungicidas”.
Estiagem favoreceu
O técnico da Emater conta que utilizou o coletador de esporos “na questão de doença, a doença da ferrugem asiática e nós tivemos a entrada da ferrugem asiática na primeira semana de janeiro e ainda só na metade de janeiro foi feita a primeira aplicação de fungicida e a outra aplicação de fungicida foi no mês de fevereiro e tivemos também um período de estiagem que favoreceu pra que não tivesse a entrada de doenças, mas mesmo assim nós tivemos uma produtividade de bem acima da média”.
Esta área de sete hectares foi plantada no mês de novembro de 2013 e pegou a estiagem no final de janeiro e início de fevereiro de 2014, e mesmo assim, foi obtida uma produtividade em torno de 60 sacas por hectare, enquanto que a maior parte do pessoal que plantou, nessa época, a média ficou abaixo, em torno de 40 sacas por hectare.
Outro aspecto que ajudou a lavoura acompanhada pela Emater é que a família mantém o sistema de conservação de solos. Em período de estiagem, se consegue uma produtividade melhor, aliado ao uso do Mip e do Mid.
Visitas semanais
Os extensionistas da Emater passavam duas vezes por semana na propriedade para a coleta de esporos nas plantas, que eram enviados para laboratório para a verificação ou não de contágio pela ferrugem e também a verificação da presença de pragas. “Por exemplo, se falava muito na lagarta.
Numa lavoura vizinha o pessoal encontrou a lagara helicoverpa e na lavoura que a gente tava acompanhando, em função que nós usamos os produtos mais recomendados pra pesquisa, os seletivos, para não eliminar os inimigos naturais”, conta Alberto.
Ele acrescenta que “assim, se percebeu que o ataque que houve em muitas lavouras vizinhas de lagarta, na lavoura monitorada, a aplicação também na foi efetuada, o popular cheri nas aplicações de inseticida com (o produto) da dessecação e então o meio ambiente não foi tão agredido e deu resultado nos inimigos naturais e os inimigos naturais eles próprios acabaram ajudando para que não tivesse a aplicação”.
Na região de Dois Vizinhos, as três lavouras acompanhadas não foi necessário utilizar fungicidas para ferrugem asiática porque o esporo da lagarta entrou na região dia 24 de janeiro, já no período de estiagem. Valdir Koch, gerente regional da Emater, comenta que “inúmeros produtores iam nas propriedades e perguntavam se ´veio a ferrugem´”.
A campanha vai continuar neste ano.