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Francisco Beltrão
quinta-feira, 29 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Maio começou com 70% da safra de soja já comercializada

Segundo Sebaldo Waclawovsky, da Coagro, a velocidade de comercialização dos grãos foi inédita. O valor da saca de soja animou os produtores.

Sebaldo Waclawovsky é presidente da Coagro, com sede em Capanema.

Foto: Arquivo JdeB

Nos últimos anos, as safras de soja têm sido boas para os produtores rurais de toda a região, possibilitando deixar as contas dos agricultores em dia. É o que diz o presidente da Coagro de Capanema, Sebaldo Waclawovsky. “A produção agrícola tem sido surpreendente nos últimos anos. Nós estamos fechando o sexto ano seguido de safra cheia, tanto a soja quanto o milho, e isso capitalizou o produtor, o pessoal tá com as contas em dia. A agricultura sempre tem a proteção de seguro e do Proagro, então nos bancos a taxa para a área agrícola sempre é a menor e há garantias que cobrem a nossa produção”.

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Devido à produção acelerada, houve dificuldade de estocagem, o que obrigou as cooperativas a investirem na armazenagem dos grãos. A melhora dos preços possibilitou a venda praticamente imediata da safra de soja. “Tivemos que investir em secagem, armazenagem nos últimos anos e agora tivemos um panorama diferente nos preços. Tivemos uma grande safra de soja, em uma velocidade nunca vista nas fixações pelo produto. Já foi vendido, agora no início de maio, 70% da produção de soja”, comenta Sebaldo. O presidente da Coagro acrescenta que o tempo, a instabilidade do Dólar devido às eleições presidenciais e o comércio americano influenciam muito no valor da saca.

 

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Sebaldo indica sempre aos produtores venderem no preço médio da soja, pois muitos agricultores esperam um pico e com a reviravolta do mercado, o valor da saca acaba caindo bruscamente, perdendo a chance de ganhos. “O produto age por dois sentimentos na hora de vender e comercializar sua produção: ganancia e medo. Por exemplo, quando tiver R$ 70 o produtor pensa em vender, mas decide esperar chegar a R$ 75. Daí quando chega a R$ 75 começa a baixar o preço e aí vem o medo. Então esses dois sentimentos ele tem que equilibrar. Ele tem que fazer preço médio, isso que é o interessante. No preço médio ele não vai pegar o pico e nem o fundo do poço, faz bem pro bolso e pra memória também, pois o estresse não é tanto”.

 

Falta de chuvas
Em toda a região Sudoeste, a falta de chuvas já provoca quebras nas safras de milho e feijão. Caso a estiagem continue, pode afetar inclusive o plantio do trigo. “No Paraná não choveu tanto, então a quebra já está confirmada. Nós estamos torcendo para que chova, para começarmos a plantar o trigo. O milho, o que era pra dar já deu, então os preços estão bem puxados no milho e é ruim para as indústrias de rações que tem frango, isso afeta também”, completa Sebaldo.

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