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Francisco Beltrão
sexta-feira, 30 de maio de 2025

Edição 8.215

30/05/2025

Mais caminhões estão transportando milho do Centro-Oeste para o Sul

Frustração de safra faz companhia de alimentos comprar mais milho no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

O motorista Jean Siliprandi, que trabalha para Wagner Rimoldi, está transportando direto cargas de milho do Mato Grosso para as unidades da BRF no Paraná.

A frustração de safra de milho nas regiões Oeste e Sudoeste do Paraná, a grande necessidade do cereal para abastecer as fábricas de ração das duas regiões, a retomada do projeto de alojamentos de abates de perus pela companhia de alimentos BRF, em Francisco Beltrão, geraram novas oportunidades para as empresas de transportes de cargas a granel dos estados do Centro-Oeste para a região Sul.

Ezídio Salmória, presidente da Cooperativa de Transportes 14 de Dezembro (Coptrans), com sede em Francisco Beltrão, disse ao JdeB que a BRF já adiantou que vai trazer milho do Mato Grosso do Sul para suas fábricas de ração que abastecem os aviários dos integrados. Atualmente, muitos caminhões estão trazendo milho de Ipiranga do Norte (MT) para as unidades da companhia na região Sul do Brasil.

A demanda por cargas de milho da região Centro-Oeste do Brasil começou a crescer em fevereiro pelas unidades da BRF em Dois Vizinhos, Francisco Beltrão, Toledo (maior demanda porque a empresa mantém frigoríficos de frangos e suínos), no Paraná; de Catanduvas, Chapecó, Xanxerê, em Santa Catarina, para Arroio do Meio e Marau, no Rio Grande do Sul.

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Concomitantemente houve um aumento de cooperados que se filiaram à Coptrans e mais caminhões estão sendo usados para atender à demanda da BRF. Até o começo do ano eram 58 caminhões, agora são 125 caminhões bitrens (capacidade para 37,5 toneladas) e rodotrens (capacidade para 50 toneladas) transportando milho para as fábricas da ração da companhia.
Ezídio diz que há muita necessidade do produto para atender às unidades da BRF.

Antoninho Fontanella, técnico do Departamento de Economia Rural da Secretaria de Estado da Agricultura (Seab), Núcleo de Francisco Beltrão, estima que para abastecer a cadeia de frango na região Sudoeste são necessárias mais de um milhão de toneladas de milho. Neste ano estão sendo construídos novos aviários de duas integradoras que atuam na região e a BRF vai reativar os alojamentos de peruzinhos no fim de ano para começar os abates no fim do primeiro semestre de 2022. Com mais aviários e animais alojados, é necessário quantidade maior de ração.

O transportador Clair Juchneski, de Francisco Beltrão, tem seis caminhões rodotrens que transportam cargas a granel. Pelo menos cinco deles estão transportando milho para as unidades da BRF de Beltrão, Dois Vizinhos e Toledo por intermédio da Coptrans. Os caminhões de Clair Juchneski estão puxando cargas de milho de maio para cá. Nos últimos meses os caminhões fizeram muitas viagens de Ipiranga do Norte para o Paraná e Mato Grosso do Sul (Dourados).

Outro transportador de cargas de grãos, Wagner Rimoldi, também de Beltrão, tem nove caminhões e seis deles estão transportando milho de Ipiranga do Norte para Toledo, Francisco Beltrão e Dois Vizinhos pela Coptrans.

Agora, os caminhões do empresário vão transportar o produto para a unidade da BRf em Dourados (MS). No ano passado, Rimoldi tinha quatro caminhões puxando fretes de milho da região Centro-Oeste para as unidades da BRF na região Sul. O empresário comenta que “agora, até que tiver cargas, vai ficar aí [transportando milho para a companhia]”.

Ezídio Salmória, da Coptrans: demanda maior por transporte.

 

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