A operação é destinada a promover o escoamento de 32 mil toneladas de cereal do Paraná.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) vai realizar, dia 29 de janeiro, um leilão na modalidade Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro) para a venda de 50 mil toneladas de trigo em grãos da safra 2014/15. A operação é destinada a promover o escoamento de 32 mil toneladas de cereal do Paraná e outras 18 mil toneladas do Rio Grande do Sul. A medida atende ao pleito das cooperativas do Paraná, encaminhado pelo Sistema Ocepar por meio de ofício à ministra da Agricultura, Kátia Abreu, solicitando apoio para viabilizar a comercialização do trigo paranaense que ainda não foi vendido pelos produtores.
“Entendemos que é necessária a atuação do governo federal para restabelecer a liquidez e melhorar a remuneração do produtor rural e, consequentemente a sua renda, garantindo a disponibilização dos mecanismos de comercialização”, ressalta no documento o presidente da entidade, João Paulo Koslovski. Ainda de acordo com ele, os preços recebidos pelos triticultores paranaenses permanecem abaixo do mínimo estabelecido pelo governo federal, que é de R$ 33,45 por saca para a classe pão tipo 1. Segundo a Secretaria de Estado da Agricultura do Paraná, a saca de 60 quilos tem sido comercializada por R$ 30,80 no Estado.
Com um consumo de cerca de 12 milhões de toneladas, o país tem que importar boa parte daquilo que consome. A cultura também é relevante como alternativa de ocupação da mão de obra e manejo do solo nas propriedades rurais no sul do país durante o período de inverno.
O Paraná é o líder nacional na produção do cereal, respondendo por 63% do total. Das 5,9 milhões de toneladas colhidas na atual safra brasileira, 3,72 milhões de toneladas foram produzidas pelos triticultores paranaenses.
No documento, a entidade que representa as cooperativas paranaenses, lembra que, em 2014, o governo federal apoiou, via leilão de Pepro, a venda de cerca de 794 mil toneladas, das quais 465 mil toneladas produzidas no Paraná. E, dos R$ 150 milhões disponibilizados para viabilizar a comercialização da atual safra de trigo, ainda existem disponíveis cerca de R$ 70 milhões.