Pauta de reivindicações foi entregue aos acionistas da BRF.

Os filiados da Associação de Avicultores Integrados do Sudoeste do Paraná (Avisud) se reuniram sexta-feira, 27 de novembro, na Cabanha Manhare, em Francisco Beltrão, para a assembleia de prestação de contas e eleição da nova diretoria para o biênio 2020-2022. A assembleia reelegeu a atual diretoria, que é presidida por Claudinei Colognese.
Esses eventos deveriam ter acontecido em março. Devido à pandemia do coronavírus, houve adiamento para o fim do ano.
Na semana passada, no entanto, houve conversas entre os diretores se deveria ser realizada a reunião, já que o número de casos de Covid-19 aumentou nas últimas três semanas em Beltrão. Foi decidido pela realização da Assembleia e foram tomados os cuidados orientados pela saúde pública.
Claudinei disse ao JdeB que a Avisud vai continuar engajada no movimento nacional de entidades de produtores de aves que reivindica uma melhor remuneração pelos lotes entregues à BRF.
Conforme o presidente, o movimento está na sua segunda fase e houve associações que preferiram não continuar nessa luta. A pauta de reivindicações foi entregue aos acionistas, mas a direção não recebeu as lideranças do setor e as respostas recebidas não agradaram às entidades.
O avicultor também afirmou que a situação da avicultura está complicada porque aumentou o preço dos pellets, dos materiais de construção, do pessoal que trabalha com construção, não há trabalhadores disponíveis para os aviários —porque a atividade exige atenção 24 horas —, o custo da mão de obra é alto e, agora, o governo estadual quer acabar com o programa Tarifa Rural Noturna, que subsidia os gastos com energia elétrica de noite e de madrugada.
Ainda de acordo com Claudinei Colognese, presidente da Avisud, este é um dos piores momentos para os avicultores brasileiros dos últimos dez anos em termos de remuneração.