Agricultura

O tema “Paraná Livre de Aftosa” é o reconhecimento do Estado como livre de febre aftosa sem vacinação. Mais de 1.300 pessoas entre agricultores, lideranças do agronegócio, lideranças políticas e sindicais, além da cúpula do sistema da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab) estiveram no encontro realizado esta semana no Parque de Exposições de Pato Branco. As palestras e debates com produtores rurais dos municípios da região levaram a todos as características das responsabilidades de cada agente a partir do novo status sanitário junto à Organização Mundial da Saúde Animal (OIE).
O diretor-executivo da Frimesa, Elias José Zydek, foi um dos palestrantes e falou sobre a importância do novo status, que permitirá ao Paraná a conquista de novos mercados. No caso da suinocultura, um mercado gigante se abre com uma ampliação de 65% de novas possibilidades para países que consomem grandes quantidades de carne suína, como o Japão, México e Coreia do Sul. Estes países, no caso da suinocultura, importam 2,6 milhões de toneladas de carne por ano. “Os volumes mostram que não somos ninguém neste contexto, e os novos mercados abrem possibilidades gigantescas para o setor”, disse.
Segundo o secretário de Agricultura, Norberto Ortigara, a partir da retirada em definitivo da vacinação contra a aftosa em bovinos e búfalos, lançará o Paraná a um novo patamar do agronegócio. “Tivemos uma longa caminhada para chegarmos até aqui, com a participação fundamental de cada produtor, e agora vamos avançar”, afirmou Ortigara. Lembrou também que o Estado vacina seu rebanho de forma organizada há mais de 50 anos, e chegou o momento de mudar e mostrar ao mundo que a sanidade do rebanho paranaense é impecável.
Pontos pendentes
O diretor-presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Otamir Cesar Martins, parabenizou o Estado pela conquista, especialmente os gestores que estiveram à frente da agência desde 2012, após sua criação. Garantiu que os pontos pendentes apontados pelos técnicos do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) serão concluídos dentro do prazo estabelecido.
“Não temos a menor dúvida quanto a isso. São quatro pontos técnicos e a nossa estrutura vai estar preparada para resolvê-los. A outra parte se refere à contratação de pessoal que o governador Ratinho realizou. A partir de agora, poderemos comemorar o status e ter a certeza de que estamos prontos para a auditoria internacional um ano depois e para, em 2021, na OIE (Organização Mundial da Saúde Animal) recebermos o certificado de Estado livre de febre aftosa sem vacinação”, pontuou.
Apoio de várias entidades
A série de fóruns tem apoio do Sistema Faep/Senar-PR, Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores Familiares do Estado do Paraná (Fetaep), Emater e Sistema Ocepar, além de entidades locais que apoiam com recursos físicos, como a Prefeitura de Paranavaí, Sociedade Rural de Cornélio Procópio, Fiep, Unicentro e Sociedade Rural de Pato Branco. Os escritórios da Seab e da Adapar em Beltrão, Dois Vizinhos e Pato Branco também se envolveram na articulação nos municípios, para o fórum regional.