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Francisco Beltrão
sexta-feira, 30 de maio de 2025

Edição 8.215

30/05/2025

Pecuária Leiteira: Preço ao produtor rural deve melhorar

Mas os diretores de laticínios ressaltam que os valores não deverão ser tão significativos.

O preço do litro do leite pago ao produtor rural deve ter uma reação, ainda que pequena. Houve uma queda no consumo pelos consumidores, a oferta do produto aos laticínios está diminuindo. Valdomiro Leite, da Latco e diretor do Sindicato das Indústrias Lácteas do Paraná (Sindileite) diz que o consumo está estabilizado e a oferta do produto às indústrias começou a diminuir em fevereiro. “O preço médio projetado para fevereiro é de R$ 0,95”, disse Valdomiro.
Cezar Mangoni, de São Jorge D’Oeste e sócio de três laticínios na região, relata que há perspectiva de melhora significativa no preço. Mas ele ressalta que “a expectativa é de melhora, mas não tem uma luz no fim do túnel”. O preço do litro para o produtor está na faixa de R$ 0,90 a R$ 1,05 ou 1,07.
Gelson Corona, do setor administrativo do Laticínio Lamuca, Grupo GDA, que tem unidades em Pranchita, São João e Marechal Cândido Rondon, afirma que o consumo de leite e seus derivados voltou a aumentar a partir de fevereiro, com a volta às aulas, maior movimento em restaurantes e a melhora da economia brasileira. Gelson, que trabalha na unidade de Pranchita, observa que quando a economia retrai, as pessoas consomem menos produtos. “Quando aperta, a pessoa consome menos”, comenta. 
Mas como o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil aumentou 1%, conforme Gelson, já é possível perceber uma melhoria no consumo.
Ele prevê uma recuperação nos preços ao produtor, mas não deverá chegar aos níveis de 2016, quando os preços estavam na faixa de R$ 1,60 a R$ 1,80. “Aquilo lá (aqueles preços ao produtor) nunca mais, a não ser, talvez, se der uma seca em Minas Gerais, que é o maior produtor nacional de leite” ressalta. Os produtores rurais dizem que os custos de produção estão muito alto e enfrentam dificuldades para saldar seus compromissos financeiros. 

Leite não pode ser monocultura
Ivori Fernandes, de Santo Antonio do Sudoeste e presidente da Unicafes-PR, aconselha os agricultores a trabalhar para baixar o custo de produção. “O leite não pode se transformar numa monocultura. É mais uma das atividades da propriedade, que o produtor possa plantar soja e milho também”, defende. Mas Ivori defende que o Governo Federal institua o preço mínimo para balizar os valores do leite no mercado agrícola. 

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