A estimativa do Deral-Seab é para os municípios da região de Pato Branco.
As geadas de sexta-feira, 22, e do sábado, 23, na região de Pato Branco não afetaram tanto as lavouras de trigo como temiam os técnicos da área agrícola. Ontem, em boletim enviado à imprensa, Ivano Carniel, do Departamento de Economia Rural, Núcleo da Secretaria de Estado da Agricultura (Seab), de Pato Branco, disse que os prejuízos serão menores do que se esperava.
“Tendo em vista estas geadas que aconteceram na região de Pato Branco e em todo o Estado do Paraná, a nossa preocupação estaria centrada na cultura do trigo. É importante dizer o seguinte: numa avaliação inicial feita durante essa semana por todos os técnicos de cooperativas e revendas de empresas que foram a campo, a avaliação aponta que aqui na nossa região de Pato Branco nós temos estimado em torno de 60 mil hectares plantados este ano e um pouco mais da metade da área estava suscetível à perdas pelas geadas”.
Ivano acrescenta, dizendo que “nessa avaliação inicial a gente depreende o seguinte: as geadas ocorreram em toda a nossa região, elas, a princípio, teriam sido de forte intensidade. Porém, por uma avaliação mais precisa nestas áreas que estavam mais suscetíveis, em fase de floração, é de que o efeito das geadas sobre estas lavouras não tenha sido tão prejudicial quanto se imaginava”.
O técnico do Deral-Seab observa que “aqui nos municípios mais ao Sul da região de Pato Branco, como as lavouras estavam mais atrasadas, os efeitos são quase que imperceptíveis, serão efeitos pontuais nestas lavouras. Nos municípios mais ao Norte, aí sim, nós temos algumas lavouras com prejuízos totais e mesmo parciais, mas ainda também há uma necessidade de mais alguns dias pra se ter uma avaliação mais precisa”.
Possibilidade de recuperação
Diante destas informações, o Deral-Seab, de Pato Branco, está estimando uma perda inicial de 10% no potencial produtivo das lavouras. “Nestes 60 mil hectares plantados, a gente esperava produzir entre 174 mil e 192 mil toneladas e, agora, estamos reavaliando para uma produção de 156 mil a 172 mil toneladas. Isso deve representar em torno de 4 a 4,5 % da produção estadual.
Porém, o que eu gostaria de ressaltar é que tendo em vista a condição muito boa de desenvolvimento das áreas que não estavam suscetíveis às perdas, é importante dizer que, se nós tivermos daqui pra frente uma condição de clima favorável, essas lavouras poderão compensar as perdas provocadas pelas geadas” disse Ivano.