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Francisco Beltrão
sexta-feira, 30 de maio de 2025

Edição 8.216

31/05/2025

Perdas com as geadas podem chegar a 5%

Mas alta produtividade poderá compensar os prejuízos iniciais.

Lavoura de trigo do começo da safra, no semestre passado.

Foto: Antoninho Fontanella/Deral/Seab

As geadas ocorridas dias 21 e 22 de agosto na região de Francisco Beltrão-Dois Vizinhos devem provocar perdas de 5% nas lavouras de trigo. A opinião é de Antoninho Fontanella, técnico do Departamento de Economia Rural, Núcleo da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab) de Francisco Beltrão.

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Os técnicos do Deral-Seab estão elaborando o quadro de previsão de safra agrícola regional. Contatos foram feitos com os técnicos de empresas de agronegócio e cooperativas agropecuárias. Mas a expectativa era sobre a quebra nas culturas de inverno, principalmente do trigo. As perdas devem chegar a 5%.

Antoninho afirma que “em relação às perdas em função das geadas, consideramos que elas não foram tão intensas, em função de que não ocorreram precipitações após a formação das geadas. As geadas não foram tão intensas como estava sendo o esperado. A gente sabe que muitas lavouras estão plantadas em áreas mais baixas e essas foram afetadas parcialmente. Acreditamos que não deve ser muito as perdas e que elas devem ficar abaixo dos 5% na média regional”.

Expectativa sobre produtividade
Foram plantados 91 mil hectares nos 27 municípios da microrregião. Até agora apenas 1% da área foi colhida em pequenas plantações dos municípios de Ampere, Capanema, Pérola D’Oeste e Pranchita. Nestas lavouras a produtividade alcançada está dentro da estimativa prevista de 3.000 a 3.500 quilos por hectare. No entanto, 50% das lavouras se encontram na fase de maturação, 40% em frutificação e 10% em floração.

Antoninho ressalta que “a expectativa em relação à geada era de que tinham sido atingidas muitas lavouras, mas ainda tinha aquela expectativa que nós vivemos, fechando dentro da produtividade que estamos estimando [de 3.000 a 3.500 kg/hectare]”.

A intensificação da colheita deve acontecer na primeira quinzena de setembro. Um novo levantamento deverá ser feito pelos técnicos do Deral-Seab para apurar se a produtividade esperada inicialmente foi atingida ou não. “Estamos atentos às colheitas que estão acontecendo a partir de agora, pra fazer uma avaliação melhor e analisar os danos, as perdas ou a possível produtividade”.

Os técnicos do Deral conversaram com representantes de cooperativas e empresas de agronegócio que estão esperando boa produção para a cultura, o que pode compensar parte do que será perdido. “Nós ouvimos de muitos técnicos que estão esperando colheitas de 140 a 150 sacas por alqueire”, ressalta Antoninho.

Animados pelo bom preço da saca, hoje na faixa de R$ 58 a R$ 60, os agricultores compraram sementes de boa qualidade, investiram em adubação e químicos para o combate das doenças fúngicas.

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