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Francisco Beltrão
quinta-feira, 29 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Plantio de soja no período da safrinha pode injetar R$ 250 milhões na economia

Estimativa é do chefe da Casa Civil, Guto Silva.

A prorrogação do prazo para a semeadura de soja, anunciada há poucos dias pela Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), teve grande repercussão na região Sudoeste do Estado.
Durante os dois dias em que o governo transferiu sua sede administrativa para Pato Branco, os integrantes do Executivo ouviram de produtores rurais muitos elogios pela iniciativa.

E não é para menos. O chefe da Casa Civil, Guto Silva, estima que a liberação do plantio sem-data limite deve injetar mais de R$ 250 milhões somente na região Sudoeste.

Segundo ele, a mudança atende pedido dos próprios produtores, já que fatores climáticos, como a seca, têm atrasado o plantio de soja nas regiões Sul e Sudoeste, dificultando o cumprimento do calendário anterior, que determinava 31 de dezembro como data limite para a semeadura.

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Guto disse que “e uma conquista enorme para o produtor, que tem a segurança de que não será penalizado por ultrapassar a data, e certamente beneficia o Estado, que é o segundo maior produtor de soja do país”.
A reivindicação partiu de alguns produtores rurais de Pato Branco e Mariópolis para que o cultivo de soja na safrinha pudesser ser feita.

É só cuidar
O agricultor Boleslau Conhizak, 73 anos, da comunidade de Nova Seção, em Francisco Beltrão, apoia a decisão de autorizar o cultivo de soja no período da safrinha. “Acho que não tem nada a ver. Se cuidar não tem [ferrugem asiática]. Agora, tem que cuidar”.

Para ele o período autorizado para a colheita, até o final de maio, dá pra cultivar sem problemas a soja. “Mas depois tem que dessecar”, ressaltou. Na agricultura, os produtores rurais fazem a dessecação para secar as plantas e ervas daninhas.

Mas seu Boleslau não vai plantar na safrinha de 2019-2020 porque, embora tenha plantado no final de setembro, utilizou sementes do ciclo normal, que demoram mais para se desenvolver. A colheita deve ocorrer somente em fevereiro.

Melhor planejamento
Norberto Ortigara, secretário estadual de Agricultura, comenta que a decisão tomada pela Adapar deve favorecer o plantio de milho na primeira safra (setembro a janeiro). Assim, o Paraná poderá melhorar seu potencial produtivo. Segundo a nova norma, o produtor tem até o dia 15 de maio como limite para colheita ou interrupção do ciclo da cultura. Para os agricultores, a medida garante maior capacidade de planejamento.

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