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Francisco Beltrão
quarta-feira, 18 de junho de 2025

Edição 8.228

18/06/2025

Pode chover nos próximos dez dias, mas quantidade não será suficiente para aumentar umidade do solo

Agricultura

Deve chover nos próximos dias. Mas a quantidade de chuva não será suficiente para melhorar o nível de rios e córregos e deixar o solo úmido para o desenvolvimento das culturas agrícolas. “As precipitações estão bastante escassas. Pelo que temos observado nos institutos de Meteorologia, há previsões de chuvas para os próximos oito a dez dias, mas com índices bem abaixo do necessário, índices de três a dez milímetros”, informa Antoninho Fontanella, técnico do Departamento de Economia Rural do Núcleo da Secretaria de Agricultura (Seab), em Beltrão.

A perspectiva é que ocorram pancadas de chuvas quase diariamente na região, bem localizadas, mas não há um índice que dê esperança de precipitação com quantidade que possa melhorar o nível dos rios e tornar os solos agrícolas mais úmidos. Ontem, em Francisco Beltrão, choveu 5,2 mm; em Pato Branco, 3,2 mm; 7,4 mm em Capanema; e 24,2 mm em Palmas. Estes índices são das estações meteorológicas do Simepar.

 

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Antoninho diz que “há preocupação em função da situação da safra que nós estamos vivendo na região. São 280 mil hectares de soja plantados nos 27 municípios da região. Muitas destas lavouras estão na fase inicial de desenvolvimento vegetativo e algumas já estão em floração e frutificação, é um período que necessita de muita água pra ter um bom desenvolvimento”.

Lavouras em solos rasos
O técnico do Deral/Seab salienta que “em função das altas temperaturas que têm sido registradas pra essa cultura [soja], a gente tem verificado muitos problemas, porque nós temos lavouras que foram preparadas, nos últimos anos, em solos rasos, e isso dá condições de que já tenha queda de produtividade. Vamos aguardar mais alguns dias pra avaliar melhor essa questão. Eu acredito que, se continuar essa situação, tanto no soja quanto do milho, nós devemos ter quebra já registrada a partir da próxima semana”.
A expectativa, segundo Antoninho, era de boa produtividades nestas culturas, mas as altas temperaturas e a falta de umidade no solo causam diversos problemas nas plantas. “A gente tem observado que as culturas estão sofrendo muito em função das altas temperaturas e a falta umidade no solo, e com isso há uma desidratação muito grande das plantas, ocasionando estresse e abortando muito a floração e frutificação do milho e da soja”.

Apesar das previsões de poucas chuvas, o técnico deixou a entender que espera o contrário. “Vamos torcer pra que esses índices previstos venham com quantidade suficientes pra resolver a questão da falta de umidade no solo e também as águas; nós estamos com possibilidade de escassez de água muito grande; muitas propriedades com dificuldade de conseguir água para o próprio sustento e dos animais. Com os índices previstos para os próximos dias, não será suficiente para superar essa questão das águas”, diz.

Antoninho diz que: “Infelizmente, a agricultura é assim, nós estamos diretamente ligados à questão do clima e todos os produtores sabem a dificuldade de lidar com uma estiagem; nos últimos três a quatro meses, choveu de 25% a 30% do normal para esses meses. Se somar os índices das estações meteorológicas [do Simepar], não chega a 150 mm, nos últimos três a quatro meses, quando deveria ocorrer esses índices de chuva só num mês. Temos três meses de chuvas abaixo dos 50 mm em cada estação meteorológica da nossa região”.

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