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Francisco Beltrão
quarta-feira, 28 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Preço da saca de milho recua; produtor diz que valor deveria ser de R$ 100

Valor médio baixou para R$ 78 nos últimos dias, devido à valorização do real frente ao dólar.

Lavoura de milho em Sede Galdino, Francisco Beltrão, de Gilberto Menin, já está com espigas formadas. Foto: Flávio Pedron/JdeB.

JdeB – “Os preços recebidos pelo produtor de milho pela saca de 60 quilos no Paraná fecharam março valendo R$ 90,67, já na última semana a cotação ficou em R$ 78,72, uma queda de aproximadamente 13%. Em relação a dezembro de 2021, os preços permanecem muito próximos. A queda de preços no mercado doméstico é explicada em parte pela valorização do real frente ao dólar. A moeda americana era cotada em torno de R$ 5,00, há 30 dias, hoje está em R$ 4,65, queda acumulada de aproximadamente 7%. A expectativa de uma boa safra paranaense e brasileira também forçou uma redução nos preços internos.” A análise é de Edmar Wardensk Gervásio, exposta no boletim semanal do Departamento de Economia Rural, da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab).

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O agricultor Gilberto Menin, da Vila Rio Tuna, em Francisco Beltrão, que plantou 300 hectares de milho na safrinha 2021-2022, argumenta que o valor da saca de 60 quilos, na faixa dos R$ 78, está baixo. “Se comparar o nosso investimento anterior, até que sobra, mas agora se for ver o custo pra próxima safra ele ainda fica muito baixo. Ele teria que estar em cem reais hoje. Os insumos, os defensivos estão muito altos. Então, o custo de produção é o que conta pra nós.” 

Edimar diz que o Simepar prevê poucas chuvas para os próximos dias, o que não deve prejudicar o desenvolvimento das lavouras. “O período em que a maioria das lavouras entra em frutificação é fim de abril e primeira quinzena de maio. Assim, a ocorrência de chuvas consistentes no início de maio deve garantir esta supersafra.” A previsão é que sejam colhidas 15,9 milhões de toneladas na safrinha.

Para silagem e grão

O Deral/Seab aponta que 97% do milho plantado no Estado está em boas condições. As lavouras de seu Gilberto Menin sofreram um pouco com estiagem do começo do ano. Depois elas conseguiram se recuperar com a volta das chuvas. Com mais 15 a 20 dias as áreas de cultivo de milho de seu Gilberto escapam do período crítico e estarão prontas. Parte da produção dele será usada como silagem, para alimentar o gado leiteiro da propriedade, e a outra parte será vendida como grão.

Em relação à produtividade esperada, Gilberto diz que “vai depender muito do tempo, da umidade na hora da colheita, do que vem pela frente. Mas posso dizer que tá de médio pra bom esse ano as lavouras”. O agricultor já chegou a colher 300 sacas por alqueire, na safrinha, mas teve anos que colheu só 80. “Então varia muito de ano pra ano.”

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