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Francisco Beltrão
quarta-feira, 28 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Produtor rural investe na propriedade com linhas de crédito, mas recomenda fazer bem os cálculos

Agricultura

Everton Ferreira de Souza tem 180 bovinos de leite no seu plantel.

O produtor rural Everton Ferreira de Souza, do Divisor, em Francisco Beltrão, atua na produção de milho para consumo na propriedade, bovinocultura leiteira e suínos. Everton tem captado recursos de financiamentos para suas atividades agrícolas e pecuária leiteira. Mas ele sempre faz os cálculos para ver se as condições são favoráveis da linha de crédito e se é possível encarar.

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“O que eu faço de financiamento, geralmente, é custeio, pecuário e o custeio agrícola pra plantar, porque não dá de plantar do jeito que tá sem ter o financiamento, por causa do seguro. Também tem alguns investimentos em cima de gado de leite, já mais antigos na parte da leitaria, mais pelo BB”, conta

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Everton conta que um dos financiamentos foi utilizado para aumentar a produção. “Na época, era junto com meu irmão e com minha mãe, então, a gente aumentou bem a produção. Meu pai [Eliziário] tinha falecido e a gente aumentou bastante a quantidade de animais, então, fiz pra compra de vacas de leite. Na época pelo [programa] Mais Alimentos que tinha mais recurso, mas vejo que o recurso, na época, eu fui um dos que mais pegou. Hoje mesmo, se você for analisar, os bancos ligam oferecendo dinheiro. Mas, assim, o excesso de crédito também quebra a gente. Eu não tinha e até sugiro pra quem quer fazer, uma assessoria que faça essa questão financeira. Eu sempre brinquei, eu nunca fiz e já faz oito meses que tô fazendo e, assim, uma propriedade hoje, por mais que seja pequena ou aumentando, vale a pena estar a par dos números. Questão de financiamento: me ofereceram pra comprar dois robôs [de ordenha], por exemplo, Banco do Brasil tem linha pra isso – não sei se tá aberto ainda –, aí faz uma planilha, o valor pra dois robôs – em torno de R$ 1,5 milhão – tem financiamento e fiz a conta pra oito anos, colocamos tudo na caneta e em dez anos, isso vai dar R$ 930 mil. Hoje, eu fiz uma conta que fica inviável, vai pra R$ 2.430; se fosse com o financiamento de 1,5 milhão, eu ia pôr.”

Ele fala também sobre o consumo de energia elétrica e a possibilidade de financiamento na geração própria. “Tem outras questões: eu gasto bastante energia aqui, esse eu acredito que seja viável, não peguei, mas já tenho projeto da energia solar, mas pela quantidade que tô gastando hoje, vai em torno de R$ 10 mil em luz, entre vaca e suíno, ele [o projeto] se paga, mas acredito que valha a pena. Eu tenho um pouco de receio, porque hoje, como tô mais a par dos números, é fácil de você pegar o dinheiro, mas se colocar tudo na ponta da caneta, se torna uma bola de neve. De seis meses pra cá, eu consegui analisar mais essa questão de valor: todo mundo fala que o agricultor tem juro barato, mas quando? Hoje tu vai numa cooperativa, valor X você já tem que deixar lá; você vai no Banco do Brasil e alguma coisa tem que comprar deles – isso não é só comigo.”

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