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Francisco Beltrão
quinta-feira, 29 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Produtores de mais de 25 municípios participam do Dia de Campo da Emater

Evento tratou da produção de morango e tomate semi-hidropônico e aconteceu na propriedade da família Santin.

 

Anderson Santin (o primeiro da direita) falou sobre o seu trabalho de doutorado, 
que compara o plantio convencional de morangos com o semi-hidropônico.
Foto: Alexandre Bággio/JdeB

Produtores e técnicos de 25 municípios das regiões Oeste e Sudoeste do Paraná participaram do dia de campo sobre morango e tomate semi-hidropônico na Unisep (pela manhã) e na propriedade da família Santin (no período da tarde), em Dois Vizinhos. O evento foi realizado numa parceria entre Emater, Unisep e UTFPR, servindo também como parte da capacitação dos novos técnicos que foram contratados pela entidade estadual. “Esse evento é uma sequência da capacitação dos nossos técnicos da macro Oeste e Sudoeste, de Toledo até Pato Branco, com cinco regionais envolvidas. Aproveitando esse evento e também abrindo espaço para agricultores que queiram fazer investimento na área de olericultura”, disse Valdir Koch, gerente regional da Emater.

O objetivo foi mostrar a viabilidade desse tipo de plantio. “O semi-hidropônico vem trazer vários benefícios para os produtores, entre eles, a questão da ergonomia, em virtude das bandejas, além de produzir alimentos seguros para os nossos consumidores”, acrescentou. Valdir ressaltou que a propriedade da família Santin surgiu através de crédito fundiário e hoje gera renda extra para a família. “Os jovens adquiriram a terra através do crédito fundiário e hoje estão na olericultura buscando a subsistência e a manutenção de uma família aqui. Essa é uma baita de uma alternativa para áreas pequenas. Eu sempre digo que o nosso problema ainda são as áreas muito grandes, porque elas iludem o pequeno produtor que produzir grãos ainda é alternativa, mas isso não se viabiliza na pequena propriedade. Os pequenos precisam de culturas que deem renda e isso é o principal porque, se tem renda, o jovem fica na propriedade”, analisou. 
Foram três estações de trabalho na propriedade: o técnico agrícola Nilson Zacarias Barnabé, do Instituto Emater, de Marialva, falou sobre o manejo da cultura do morango semi-hidropônico; já o técnico Valdir Monegat abordou o resultado da avaliação de oito cultivares de morango provenientes da Argentina e Chile; enquanto Jorge Alberto Gheller, da Emater de Cascavel, e o engenheiro agrônomo Jonatan Santin falaram do manejo da cultura de tomate semi-hidropônico.

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Tema para doutorado
O jovem Anderson Santin utiliza a produção de tomate e morango semi-hidropônico, que é feita em parceria com o irmão Jonatan Santin, como base para sua tese de doutorado. “A gente está trabalhando com cultivares, numa parceria com as empresas Maxxi Mudas e Bioagro, que forneceram as mudas importadas, oriundas de Argentina e Chile, e a gente está testando, tentando avaliar a produtividade tanto no sistema de cultivo semi-hidropônico quanto no sistema convencional, com canteiros no solo. Temos ainda resultados preliminares, porque os estudos não foram concluídos. Não temos nada concreto e definido, mas vamos finalizar isso com o final da safra, no início do ano, para passar para os produtores”, explicou Anderson. 
Ele comentou sobre a escolha das duas culturas: “Eu sou formado em tecnologia e horticultura e, após a formação, a gente teve como alternativa trabalhar com essas duas culturas. Começamos com o morango e, nos últimos anos, tentamos instalar a cultura do tomate. Ainda são duas culturas iniciando na região, mas elas têm apelo de comércio e necessidade de produção para a região”. 
A produção ainda é toda absorvida no município. “A gente comercializa basicamente na região de Dois Vizinhos, diretamente ao consumidor. Não trabalhamos com os mercados, a gente que forma nosso consumidor, levamos diretamente para eles. Também temos confeitarias que trabalham com a gente, mas não temos mercado definido porque a produção ainda é pequena.”

Crédito fundiário
A propriedade da família foi adquirida através de crédito fundiário, da Emater. “Essa propriedade surgiu em 2011, quando tivemos a oportunidade de comprar aqui. Procuramos a Emater para ver a possibilidade do crédito fundiário e tinha essa linha de crédito para poder comprar a terra. Fizemos o projeto a partir dos técnicos da Emater, que nos ajudaram, foi aprovado. A gente ainda pretende investir mais e no futuro deixar a propriedade sustentável. Mercado tem bastante e são culturas que vão desenvolver bastante na região futuramente”, finalizou Anderson. 

Pela manhã, aconteceu a parte teórica da formação, no auditório da Unisep. 
Foto: Assessoria

 

 

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