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Francisco Beltrão
segunda-feira, 16 de junho de 2025

Edição 8.226

14/06/2025

Produtores rurais estão usando mais químicos para evitar maiores perdas nas lavouras

AEN/Seab – A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) e o Ministério da Agricultura, vem monitorando uma das pragas que provocam grandes perdas na cultura do milho: o enfezamento. O objetivo é compreender melhor o avanço da doença no Estado e fornecer mais informações para que a pesquisa possa orientar os produtores rurais quanto ao manejo correto do problema fitossanitário, reduzindo assim o uso de inseticidas para o controle do inseto vetor, a cigarrinha Dalbulus maidis.

O trabalho conta com uma primeira etapa que consiste no levantamento da ocorrência do vetor do enfezamento, e uma segunda, que é a coleta das folhas do milho. Os materiais serão analisados em laboratório visando identificar a presença ou não dos complexos dos enfezamentos, além de viroses associadas à cultura.

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A cultura do milho tem importância econômica para o Paraná, representando 14,8% da produção nacional na atual safra – 2021/22. O milho ainda representa o segundo produto vegetal em Valor Bruto de Produção no Estado, destacando-se como um importante item na pauta de exportações, com vendas externas de U$$ 183,16 milhões.

Porém, os desafios têm sido diversos nos últimos anos. Um deles é a estiagem, que prejudicou o desenvolvimento da primeira safra da cultura, semeada nos meses de setembro e outubro de 2021. Já a atual, chamada de segunda safra, que é a maior em área plantada e produção, tem contado com condições climáticas mais favoráveis ao desenvolvimento. Entretanto, o ataque das pragas, em especial a cigarrinha, pode se tornar um fator limitante para a quantidade e a qualidade da produção dessa cultura. A Adapar acompanha o uso de agrotóxicos ao longo do desenvolvimento da cultura nos últimos anos e os números são alarmantes quando se trata de inseticidas utilizados para o manejo da cigarrinha do milho. O crescimento é vertiginoso, tanto no que se refere ao volume total consumido no Estado, bem como as dosagens.

Comparando-se as safras 19/20, 20/21 e 21/22, as doses nos cultivos de primeira safra saltaram de 0,019 litro por hectare (l/Ha), para 0,136 e 0,907, respectivamente. Já na segunda safra, subiram de 0,144 para 0,351 l/Ha, mas ainda existe expectativa e preocupação quanto ao aumento dos números.

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