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Francisco Beltrão
domingo, 01 de junho de 2025

Edição 8.216

31/05/2025

Quantidade de chuvas abaixo do normal deve provocar perdas no campo

Agricultura

A baixa quantidade de chuvas na Primavera deve provocar perdas nas lavouras de milho, soja e feijão da primeira safra. Ontem, em boletim enviado aos veículos de comunicação, o técnico Antoninho Fontanella, do Departamento de Economia Rural, da Secretaria de Estado da Agricultura (Seab), expôs um relatório sobre as culturas, manifestou preocupação com a questão climática e seus efeitos na produção agrícola regional. O feijão das águas teve apenas 2.460 hectares, uma área insignificante se comparada com safras de mais de dez anos quando se plantava 100 mil hectares na região de Francisco Beltrão. A estimativa de produtividade é de dois mil kg/ha e produção de cinco mil toneladas. As lavouras estão nas seguintes fases: 20% floração, 45% frutificação e 35% maturação. “Nós estamos preocupados em relação ao feijão em função da questão climática, porque não tem chovido o suficiente pra que a cultura atingisse um bom desenvolvimento, pra termos uma boa produtividade”, disse o técnico. Uma avaliação deve ser feita para verificar a capacidade de produção das lavouras. A área de milho para grão é pequena na região. “Nós temos no milho safra normal uma área bem aquém do esperado e do que seria necessário pra região. A nossa estimativa é de 16.750 hectares plantados nos 27 municípios. Também nós tínhamos uma área, há alguns anos atrás, na faixa dos 100 mil hectares”, disse o técnico. A estimativa de produtividade no milho safra normal é de dez mil quilos por hectare e uma produção 165 mil toneladas. Hoje, 40% das lavouras estão na fase de desenvolvimento vegetativo, 40% em floração e 20% em frutificação. “Essas lavouras têm bastante problema em relação à falta de chuvas e, com certeza, muitas delas deverão sofrer uma quebra acentuada. Eu diria, assim, que tem muitas lavouras com quebra de 30 a 35%, até 40%, na produtividade. Hoje [os técnicos do Deral/Seab] estão a campo, e com certeza deveremos ter uma avaliação melhor nos próximos dias pra quantificar a perda no milho”, informou. Para produção de silagem foram plantados 32 mil hectares. Os produtores rurais colhem as plantas e espigas e destinam para a silagem que alimenta o gado leiteiro no outono-inverno. Na soja foram plantados 281.130 hectares, a estimativa produtividade é de 3.900 hectares, o que pode dar uma produção de 1,1 milhão toneladas. No momento, 82% das lavouras estão em desenvolvimento vegetativo, 15% em floração e 3% em frutificação. “Temos que fazer uma avalição melhor pra quantificiar as perdas dessa cultura que é o carro-chefe da região. Estamos preocupados quando a gente olha a questão climática. Nos últimos três meses, se nós pegarmos, os meses de setembro, outubro e novembro não dá quantidade de chuva pra um mês”, informou.

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