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sexta-feira, 30 de maio de 2025

Edição 8.215

30/05/2025

Safrinha rendeu cerca de R$ 35 milhões aos produtores rurais do Sudoeste

Técnicos do Deral-Seab preveem para a safrinha 2020-2021 uma área de cultivo maior.

A segunda safra de soja, que terminou este mês de maio, de ser colhida, rendeu uma movimentação financeira de aproximadamente R$ 142 milhões no Paraná. Deste total, 25% ficaram no Sudoeste, algo em torno de R$ 35 milhões.

Esta nova colheita, também chamada de safrinha, é resultado da autorização feita no final do ano passado pela Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), que prorrogou o prazo para a semeadura, que antes tinha como data limite 31 de dezembro. A reivindicação para liberar o cultivo foi feita por lideranças da agricultura de Pato Branco e Mariópolis.

“Com o dólar alto, entra no caixa dos produtores um valor a mais, que vai ajudar bastante a movimentar a economia das regiões Sul e Sudoeste, onde se concentra praticamente a totalidade da produção de soja no Estado”, afirma o chefe da Casa Civil do Governo do Paraná, Guto Silva. Segundo ele, será um reforço para os municípios das regiões nesse período de retração econômica causado pela pandemia do coronavírus.

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Na região de Francisco Beltrão-Dois Vizinhos a área ocupada com a segunda safra de soja foi pequena, apenas quatro mil hectares. Antoninho Fontanella, técnico do Departamento de Economia Rural (Deral) do Núcleo Regional da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab) em Francisco Beltrão, diz que o plantio foi pequeno porque a autorização veio muito tarde. “Esse ano o pessoal não plantou tanto porque não podia plantar em cima da resteva de soja. Aí o produtor plantou em cima da resteva do milho”, explica o técnico.

O cultivo de soja da safrinha foi pequeno neste ano.

Foto: Flávio Pedron/JdeB

 

Área em Beltrão
Mas Antoninho acredita que para a safrinha 2020/2021, vai aumentar a área de cultivo de soja. “O pessoal vai plantar o milho mais cedo e aí deveremos ter uma área maior. Muitos devem fazer a rotação de cultura mais cedo e plantar a soja em janeiro”. Ivano Carniel, técnico do Deral-Seab, escritório de Pato Branco, afirma que “para a safra do próximo ano a expectativa é de que a área volte a crescer”.

Área em Pato Branco
Na região de Pato Branco, o Deral-Seab estima que foram plantados dois mil hectares e a produção de seis mil toneladas. Ivano Carniel, técnico do Deral-Seab, corrobora a informação do colega Antonio Fontanella. “A área desse ano foi menor que em anos anteriores tendo em vista que a liberação do plantio ocorreu praticamente no fim do ano, e na incerteza dos produtores se haveria ou não essa liberação, os mesmos fizeram o planejamento e as compras antecipadas para efetivarem o plantio de milho e feijão na segunda safra”.

 

Melhor planejamento da safra
Para o presidente do Sindicato Rural de Pato Branco e da Associação Regional de Sindicatos Rurais do Sudoeste (Assinepar), Oradi Caldato, essa prorrogação da colheita oferece mais estabilidade para os agricultores. “A medida permite mais planejamento nas lavouras. Além disso, a área de milho na primeira safra tende a aumentar, porque será possível plantar soja um pouco mais tarde. É uma vitória de todo o Estado, e sem prejuízo às questões sanitárias”, avalia.

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