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Francisco Beltrão
domingo, 25 de maio de 2025

Edição 8.211

24/05/2025

Se não chover nos próximos dias, perdas na agricultura serão bem maiores

Lavouras e pastagens são as mais afetadas, mas em alguns municípios também falta água para os animais.

Em algumas lavouras, como nesta, em Verê, o feijão está vindo bem, mas em outras a falta de chuva já compromete a colheita.

Lavouras de milho e de feijão estão sendo as mais afetadas pela estiagem na região. A falta de chuvas atrapalha o desenvolvimento das plantas e já provoca perdas, mas se o tempo seco persistir os prejuízos serão ainda maiores. Os técnicos do Deral da Seab explicam que ainda é cedo para estimar as perdas nas áreas de feijão e que será possível ter uma noção melhor da colheita nos próximos 15 dias.

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Em alguns municípios, como Realeza, a Emater/IDR estima que a produção deve cair pela metade, mesmo que chova nos próximos dias. A microrregião de Beltrão tem 37,5 mil hectares de feijão, com previsão de colher 68 mil toneladas. Nas lavouras de milho, a preocupação é que a baixa produtividade poderá afetar a produção de leite — já que as plantas são usadas para silagem na alimentação do gado leiteiro no período de inverno.

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“Não temos problema com o abastecimento de água para os moradores do interior e nem para os animais, nosso problema maior são as lavouras de milho, que vão afetar a pecuária leiteira mais pra frente se não houver um bom desenvolvimento das plantas”, comenta Domingos Stolffo, secretário de Agricultura de Eneas Marques. As pastagens de inverno, como aveia e azevem, também estão sofrendo para se desenvolver. 

O secretário de Agricultura de Salgado Filho, Marcelo João Barili, comenta que a falta de chuva tem provocado o chamado estresse hídrico no milho. “Muitos pés estão embonecando e aí leva um sapecão por causa do tempo seco”, relata. No município, que é mais sensível às estiagens, a Prefeitura tem levado água para os animais quase que diariamente desde a semana passada. A pasta também fornece máquinas para a abertura de valas para armazenar água, principalmente na região da divisa com Pinhal de São Bento.

Para uma família, foi preciso levar água potável. A Prefeitura de Salto do Lontra também está fornecendo máquinas para os agricultores afetados pela estiagem, mas a situação no interior do município é mais confortável. “Água para consumo humano vem sendo suficiente, mas nos últimos dias percebemos que mais agricultores estão chamando para tentar abrir fontes e aprofundar vertedouros para ver se acha mais água para os animais”, conta o diretor da pasta, Sedenir Rhoden. 

Estiagem persiste
O Simepar está marcando chuva para amanhã em Francisco Beltrão, mas estão previstos somente 4,3 mm. Nos próximos 15 dias não deve chover forte na região, segundo as projeções do serviço de Meteorologia. 

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