Na região de Pato Branco há previsão de quebra na produção nas lavouras do cedo.

Apesar da pouca chuva do último trimestre, apesar de institutos de meteorologia estarem prevendo pouca chuva para o Sul do Brasil neste verão, no Núcleo da Seab de Francisco Beltrão tem gente acreditando que a safra poderá ter menos quebra do que muitos estão temendo.
O pessoal do Núcleo está em recesso coletivo, mas o técnico Antoninho Fontanella não desliga de seu trabalho. Ontem ele enviou informações sobre o tempo e o andamento das principais culturas na região.
– Sobre chuva, em dezembro foram registrados, até ontem, 212 milímetros no Baixo Iguaçu, 194 mm em Planalto, 165 mm em Dois Vizinhos e 97 em Francisco Beltrão.
– Esses são os quatro pontos oficiais de medição das chuvas, mas há municípios onde pode ter chovido mais, segundo Antoninho.
– Desde o dia 21 que não chove, as plantas estão murchas, precisam urgente de água para seu desenvolvimento.
– O feijão das águas, na região, já tem cerca de 80% colhido e a produtividade está dentro do que é considerado normal.
– Soja tem 281.130 hectares plantados na região de Francisco Beltrão. Se chover o mínimo necessário, a expectativa de produção é boa.
– Há previsão de serem plantados 26 mil hectares de feijão safrinha e 80 mil hectares de milho safrinha, mas boa parte do milho é para produção de silagem – alimento do gado de leite.
“Esperamos que venha essa chuva nos últimos quatro dias do ano e que em janeiro chova conforme os vários institutos estão prevendo, apesar de eles também estarem prevendo menos chuva para o Sul do Brasil neste verão, incluindo Francisco Beltrão. Se chover, a previsão continua de uma produção de dois milhões de toneladas em nossa região, é 5% da produção do Estado”, comenta Antoninho.
Perdas na região de Pato Branco
Já o técnico Ivano Carniel, do Deral do Núcleo Regional da Seab de Pato Branco, estima que haverá perdas para a soja das variedades precoces e o milho para a microrregião.
Mas segundo ele, com as chuvas que caíram houve uma boa recuperação das lavouras de soja, “e já demonstram muitas áreas com bom potencial contidas essas chuvas”.
Em relação às lavouras de milho e feijão que foram plantadas mais cedo, Ivano diz que estas apresentam redução de potencial produtivo.
O agrônomo Cleverson Penso, gerente das unidades da Coasul em Francisco Beltrão, diz que chuvas deste mês foram em maior quantidade na região Centro – Laranjeiras do Sul, Rio Bonito e outras – e em menor quantidade na região de Francisco Beltrão.
Ele também afirma que as lavouras melhoraram com as últimas chuvas. Contudo, as áreas de variedades de soja precoce e de milho “tiveram quebra e não vão conseguir recuperar o potencial produtivo”.
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