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Francisco Beltrão
sexta-feira, 13 de junho de 2025

Edição 8.225

13/06/2025

ESTRATÉGIA DE MERCADO

Uvas finas aumentam rentabilidade de agricultor

Sérgio Campara colhe as uvas no final de fevereiro início de março e neste ano vendeu sua produção a R$ 10,00 o quilo direto na propriedade.

Por Beto Rossatti – A família Campara em Mariópolis acredita que vai produzir seis toneladas de uvas finas safra em curso. Os parreirais hoje representam uma excelente fonte de renda para o sítio da família, na comunidade de Nossa Senhora do Carmo. Os Campara implantaram os parreirais de uvas finas há quatro anos, e hoje cultivam uma área de não mais de dois mil metros quadrados com as variedades Isis e outras. A safra começa a ser comercializada a partir da segunda quinzena de fevereiro, quando as uvas tradicionais em Mariópolis das variedades Niagaras já terminaram, e não tem mais uva no mercado local.

Sérgio Campara, que conduz o parreiral com sua família, afirma que as uvas finas permitem agregar um valor maior de venda, que neste ano está em R$ 10,00 o quilo. Para comparar as Niagaras foram vendidas ao consumidor por preços médios de R$ 4,00 a R$ 6,00 dependendo do estágio da cultura entre dezembro e janeiro na última safra. “A cultura permite um preço maior de venda pela qualidade da uva, saborosa e com cachos de encher os olhos do consumidor”, destaca Sérgio. O cultivo das uvas finas exige cuidados diferenciados, e precisam de estufas porque o cultivo a céu aberto se mostrou inviável. O investimento de implantação dos parreirais exige mais recursos do produtor, mas Sérgio disse que no seu caso está valendo a pena. “Essa uva fica pronta depois que todo mundo já colheu e vendeu as variedades tracionais, então nos permite uma renda num momento importante, e essa diversificação que a gente tem aqui na produção da nossa família tem feito a diferença na gestão financeira da propriedade”.

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Turismo de vivência permite vender toda a produção embaixo do parreiral

Moacir Borsoi já é o segundo ano que vai a propriedade
dos Campara para colher as uvas que sua família adora.

Na propriedade da família Campara é possível viver o chamado “turismo de vivência”, termo ainda pouco disseminado no Sudoeste do paraná, principalmente no campo. Este tipo de turismo consiste nas pessoas viverem presencialmente a experiência de colher a própria uva para o consumo. Sérgio disse que toda a produção é vendida embaixo do parreiral, porque as pessoas vão ao sítio e ajudam a colher a uva para levar, fazem questão de viver a experiência. No dia da nossa visita a propriedade o também agricultor Moacir Borsoi, da comunidade de Indepência no município de Pato Branco estava colhendo uvas no parreiral dos Campara. “Eu venho aqui todos os anos comprar as uvas, e faço questão de ajudar a colher, para mim é acima de tudo um passeio, além de adquirir um produto de excelente qualidade”.

O sítio dos Campara em Mariópolis é um exemplo de que a agricultura familiar é rentável e permite viver com qualidade de vida no campo. O segredo é a diversificação, produzir com qualidade, respeitando a vocação da agricultura que produz mais de 70% dos alimentos in natura que vão à mesa da população brasileira. Viva Agricultura Familiar!

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