Beltrão

Há 16 anos o Cesul (Centro Sulamericano de Ensino Superior) atende a sociedade beltronen-se através do Emaj (Escritório Modelo de Assistência Judiciária). Nesse período já foram realizados, aproximadamente, dez mil atendimentos, mantendo uma média de 500 a 600 por ano. Os atendimentos são realizados durante a semana, das 8 às 12 horas e das 13 às 17 horas. O escritório, localizado na Rua Romeu Lauro Werlang, Centro de Francisco Beltrão, é utilizado por vários períodos, em estágios obrigatórios, conforme explica o coordenador do Emaj, professor Luiz Carlos Dagostini Júnior. “Temos alunos do 7º, 8º, 9º e 10º períodos. A presença é obrigatória, é um estágio. Os acadêmicos do 7º e 8º períodos atendem na área civil os casos de Direito de Família. Os alunos do 9º período atendem Direito Penal e os do 10º período fazem exercício de prática de processo de trabalho”.
Escritório modernizado
Como o nome diz, trata-se de um escritório modelo, com toda a estrutura de um escritório jurídico e oferece todas as condições para os acadêmicos exerceram as atividades. O local, agora, conta com duas salas de atendimento, recepção, sala de exercícios práticos, sala da coordenação, cozinha, dois banheiros, computadores adquiridos pela mantenedora e atualizados para todos os alunos e digitalizadora. “Temos toda a estrutura para que o nosso aluno possa se atualizar no sistema de processo eletrônico, bem como um programa de acompa-nhamento processual. Trata-se de um escritório completo, e por meio do estágio o aluno consegue vivenciar na prática a teoria vista em sala”, comenta Dagostini. Alguns requisitos precisam ser cumpridos para que o cidadão seja atendido pelo Emaj: não receber mais que dois salários mínimos e não ter bens ou imóveis no seu nome.
Aprendizagem
O professor Luiz destaca que o escritório oferece uma grande oportunidade de aprendizado para os acadêmicos. “Eles têm acesso à entrevista pessoal com o cliente, pegam os documentos necessários, confeccionam as peças e passam para corrigirmos. Também temos trabalhado muito em cima de acordos. Quando vem uma parte, buscamos chamar a outra para tentar a conciliação. Mostramos aos alunos que o futuro do Direito pode ser consensual e não tanto baseado no litígio”. Rafaela de Paula Guancino, do 10º período, fala da importância do Emaj. “É um valioso instrumento na nossa formação acadêmica, pois conseguimos compreender onde se aplicam os conhecimentos adquiridos em sala de aula, de modo que a teoria vai ganhando significado. Além disso, possui um importante valor social em razão de amparar inúmeras famílias desassistidas que não teriam condições de arcar com um advogado particular. Ali também desenvolvemos nossa capacidade de negociação, pois sempre que possível, os professores nos incentivam a procurar conversar com as partes envolvidas na demanda e buscar a realização de um acordo que seja benéfico para ambos os jurisdicionados”. A acadêmica Milena Machado de Souza, do 8º período, descreve o sentimento de gratidão. “A experiência que o Emaj proporcionou nesses dois últimos períodos para nós é incrível e gratificante. Os atendimentos realizados com os clientes e as práticas de peças processuais nos casos reais auxiliam na aprendizagem da comunicação com os futuros clientes e preparam os acadêmicos de Direito para a inserção no mundo jurídico. De fato, o escritório é indispensável para a formação acadêmica”.