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Francisco Beltrão
sexta-feira, 30 de maio de 2025

Edição 8.215

30/05/2025

43% da bacia do Rio Marrecas apresenta perda de solo acima da média

Um trabalho apresentado na quinta-feira, 6, no 4º Workshop de Ciência Tecnologia e Inovação (WCTI) promovido pela UTFPR de Francisco Beltrão aponta que a bacia do Rio Marrecas vem passando por uma importante perda de solo. O levantamento foi realizado durante seis meses e levou em conta diversos fatores como a erosividade causada pela chuva, erodibilidade do solo, fator topográfico e uso e manejo de práticas conservacionistas.

A partir de 50 amostras coletadas na bacia do rio, que abrange perímetro dos municípios de Francisco Beltrão, Marmeleiro e Flor da Serra do Sul, e analisadas nos laboratórios da universidade foi determinada a erodibilidade do solo. Além disso o estudo utilizou imagens de satélite, para determinar o fator manejo e a precipitação média mensal e anual de chuva. Já com relação a topografia foram utilizadas curvas de nível. O resultado dos trabalhos aponta que 43% da bacia apresenta perda de solo acima da média suportada para os tipos de solos existentes na bacia. De acordo com o professor Júlio Caetano Tomazoni, orientador da pesquisa, um dos fatores é que parte dos plantios na área da bacia não possuem práticas conservacionistas adequadas. “Os processos erosivos ocorrem naturalmente mas algumas ações como desmatamento, atividades agropecuária e manejo inadequado do solo podem intensificar”, destacou o professor. 

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Os trabalhos da aluna da Engenharia Ambiental, Ana Paula Ranzan, devem continuar por mais um ano. Na próxima etapa do estudo haverá um levantamento do tipo de cobertura de solo mais adequado para a bacia e as melhores práticas para controlar o processo erosivo. Ao final do trabalho será lançada uma carta de capacitação de uso do solo que poderá orientar tanto os órgãos públicos como os produtores durante o manejo.

O WCTI

Em sua quarta edição o Workshop de Ciência, Tecnologia e Inovação (WCTI) recebeu aproximadamente 500 inscritos e 150 trabalhos relevantes desenvolvidos por alunos e pesquisadores de inúmeras instituições. O evento promovido pela UTFPR de Francisco Beltrão é uma oportunidade de divulgação dos trabalhos desenvolvidos ao longo de um período, ao mesmo tempo em que é uma prestação de contas com a comunidade daquilo de novo que vem sendo trabalhado. Após passar por edições itinerantes no Parque de Exposições Jayme Canet Junior e na Amsop o evento voltou a acontecer na dependências da universidade na quinta (05) e sexta-feira (06).

Além das apresentações de trabalhos em formato pôster e oral os inscritos puderam escolher entre dez minicursos e oficinas. De acordo com a presidente da Comissão Organizadora do evento, Fernanda Souza, o Workshop foi idealizado para promover a interação entre os pesquisadores, bem como divulgar o Câmpus na região. “Desde o primeiro WCTI, os estímulos para promoção do evento, têm se tornado cada vez mais ambiciosos. Nesse sentido, além da inovação e pesquisa, promover o relacionamento com profissionais externos ao Câmpus, bem como com novos colegas, gera laços importantes para todas as áreas do conhecimento. É um dos grandes momentos do nosso Câmpus. Trabalhamos com temas que norteiam o conhecimento técnico-científico dos nossos estudantes e damos visibilidade à nossa instituição na região sudoeste do Paraná”, destacou Fernanda.

Há trabalhos inscritos do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul nas áreas de  Ciências Exatas e da Terra, Ciências Biológicas, Engenharias, Ciências da Saúde, Ciências Agrárias, Ciências Sociais Aplicadas, Ciências Humanas, Linguísticas, Letras e Artes, entre outras.

Abertura

Na noite de quinta-feira (05) houve a solenidade de abertura do Workshop. Compuseram a mesa diretiva a presidente da Comissão Organizadora, Fernanda Souza, o diretor-geral do câmpus, Alexandre Alfaro, o diretor de Pesquisa da reitoria, Paulo José Abatti, o diretor de Pesquisa e Pós-graduação do câmpus, Claiton Brusamarello e o diretor de Relações Empresariais e Comunitárias, Lindomar Subtil de Oliveira.

Para a presidente da organização, o WCTI potencializa a pesquisa, extensão e inovação “em um momento de crise fico feliz em ver colegas que não deixaram se abater, enaltecem toda a pesquisa desenvolvida e contribuem para nosso país”, afirmou agradecendo o empenho de todos na organização.

Em sua fala o diretor-geral destacou que o evento é “muito nosso, muito querido e presente em nosso câmpus, queremos que o WCTI ganhe a cada ano mais corpo e agregue conhecimento aos participantes”, enfatizou Alfaro.

Por fim Abatti afirmou que congregar ciência, tecnologia e inovação mostra que a universidade não é apenas difusão de conhecimento, mas que a ciência é construção coletiva e não individual “estamos contribuindo para ciência pura e aplicada e produzindo inovação”, destacou.

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