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Francisco Beltrão
quarta-feira, 28 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Advogado diz que construtora vai cobrar débitos para continuar execução de obras

Processos podem se arrastar anos na justiça.

Ampélio Parzianello em visita à Redação do Jornal de Beltrão, ontem.

Foto: Niomar Pereira/JdeB

O advogado Ampélio Parzianello, representante da Concrevida, esteve ontem na Redação do Jornal de Beltrão para repassar a versão da empresa. De acordo com ele, a construtora é formada por três irmãos e atua no ramo de construção civil há 15 anos, principalmente na execução de casas.

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Atualmente a sede fica localizada em Curitiba e o escritório de Francisco Beltrão foi fechado por questão de redução de custos. Sobre as reclamações apresentadas pelos contratantes, ele salientou que a empresa teve problemas com inadimplência, ações trabalhistas e não teve fluxo financeiro para continuar os projetos.

“O que que aconteceu foi que no final do segundo e terceiro trimestres de 2019 a empresa começou a ter alguns problemas por diminuição do fluxo de caixa. Eram obras que eles vinham tocando de pessoas que vinham fazendo notificação e não efetuando o pagamento. Não são essas pessoas que estão denunciando aqui, mas com outras obras, que eles concluíram e contrataram. Tem muito dinheiro para eles receberem.”

Com a pandemia de Covid-19 parou tudo
Ampélio afirmou que a empresa pretende entrar na justiça contra os devedores para poder honrar seus compromissos. “Eles, no intuito de não precisar utilizar da via judicial, iam conversar pessoalmente e fazer cobranças. Eu, como assessor jurídico deles, digo que eles devem executar. Tem que fazer execução dos contratos para poder receber e ter fôlego de novo para conseguir tocar as obras que não estão acabadas. Foram negociando, conversando, levando com essas pessoas e veio Covid-19, que aí parou tudo.”

O advogado observou que os contratantes vão receber uma notificação para fazer contato no prazo de 10 dias. “Os contratos estarão suspensos para negociação para ver se a pessoa quer retomar a obra, se ela quer fazer a rescisão amigável. Tudo isso vai estar aberto através da notificação.” Não há uma previsão para a situação ser regularizada. Falou ainda que durante 90 dias tudo será paralisado em busca de acordos. Já os processos que estão na justiça podem se arrastar por anos a depender de cada caso.

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“Não é estelionato”
O representante legal da Concrevida falou ainda que já esteve na delegacia de Francisco Beltrão para verificar a situação do inquérito policial. Na opinião dele, não há crime de estelionato, apenas ilícito civil. “Os sócios da empresa estão à disposição da justiça para esclarecer os fatos e eu vou me habilitar no processo para acompanhar. Nós temos certeza que não tem questão de estelionato. O que tem é um ilícito civil, que é diferente é uma questão contratual que tu não cumpre.” O advogado adiantou que entrou na justiça contra quem difamou a Concrevida em redes sociais.

De acordo com ele, a Concrevida não tem fluxo de caixa atualmente para concluir as obras paralisadas. “Ela depende de receber o que estão devendo. Então, assim, não é uma coisa tão grande como as pessoas estão colocando aqui.” Sobre as queixas de má execução dos serviços, Ampélio falou que obra por obra terão que ser verificadas.

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