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Francisco Beltrão
domingo, 01 de junho de 2025

Edição 8.216

31/05/2025

Aeroclube recebe avião reformado e vai retomar curso de piloto privado

Processo para reabertura atende as normas da Anac.

 

Iago, Odenir, Ricardo Úrio e José Ângelo Barea na recepção ao avião reformado.
Foto: Flávio Pedron/JdeB

O avião Piper CUB – o amarelinho – voltará a ser usado para a instrução prática dos alunos do curso de piloto privado do Aeroclube de Francisco Beltrão. Há oito anos, o avião, que tem dois assentos – para o piloto e instrutor – deixou de ser usado para os voos de instrução porque as horas de vôo permitidas tinham se esgotado.

Os instrutores passaram a utilizar os aviões Aero Boero e por último o avião de dois empresários locais para as aulas práticas. “É uma alegria de ver ele aí de novo”, destaca Edson Flessak, presidente do Aeroclube.
O Piper CUB passou por uma reforma completa em uma empresa de Campo Mourão, região Norte do Paraná. O motor Continental foi comprado nos Estados Unidos e trazido para o Brasil. A pintura e a hélice também são novos.
Este modelo de avião é de 1950 e foi fabricado nos Estados Unidos. Modelos como Piper CUB foram usados pelas Forças Armadas para treinar pilotos na 2ª Guerra Mundial. Por ser simples e prático, o Piper CUB é o modelo que mais formou pilotos no mundo. Ele é indicado, também, para a formação de pilotos de aviação agrícola.

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Modelo simples
O avião é pequeno, tem dois assentos, a medição do combustível no tanque é vista por uma vareta que mais parece antena do radioamador. Quando a vareta está bem acima, indica que o tanque está cheio. Este tipo de avião não possui radioamador. Um dos lados é aberto. Lembra-se dos carros que eram ligados a manivela? Pois é, o motor do Piper CUB tem partida na hélice. Uma pessoa tem que empurrar a hélice para ligar o motor. É um avião lento, alcança no máximo 130 quilômetros por hora.
Odenir Bracht e Iago Pit Donatti, instrutores dos cursos de piloto privado do Aeroclube, vieram pilotando a aeronave do Aeroporto de Campo Mourão até o Aeroporto de Francisco Beltrão. Foram 2 horas e cinco minutos para fazer cerca de 350 quilômetros entre as duas cidades.

Novo curso
Os futuros alunos dos cursos de piloto privado do Aeroclube terão duas opções para voar, com o Piper CUB e o Cessna 152. O Cessna pertence a dois empresários locais e também é usado para instrução para os alunos.
Neste momento, no entanto, os sócios do Aeroclube só pensam no avião amarelinho. Na porta de entrada da entidade, no Aeroporto Municipal, tem um símbolo do Aeroclube e o desenho do aviãozinho amarelo. “Agora são duas possibilidades para o aluno”, observa Ricardo Úrio.
Edson Flessak, presidente do Aeroclube, disse que já tem “fila” de associados para voar com a aeronave reformada. José Ângelo Barea, sócio da entidade, quer ser um dos primeiros a voar. Sexta-feira, 26, ao recepcionar os pilotos e o amarelinho ele estava contente. Foi com este avião que ele aprendeu a pilotar há mais de dez anos. “É uma alegria de ver isso aí de novo”, comemorou. 
Mas Edson Flessak também quer ser o primeiro a voar com o Piper CUB. Em mais de 30 anos voando, este avião sofreu apenas um problema. Há cerca de oito ou dez anos foi preciso fazer um pouso forçado num sítio, próximo do perímetro urbano de Beltrão, por problema de pilotagem.

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